Suspeito de matar ex-delegado é morto em confronto policial no Paraná

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O oitavo suspeito de participar da execução do ex-delegado-geral de São Paulo Ruy Ferraz Fontes foi morto nesta terça-feira (30) durante troca de tiros com policiais no Paraná. A informação foi confirmada à TV Globo pela Polícia Civil paulista. Ruy foi assassinado a tiros em uma emboscada no dia 15 de setembro em Praia Grande, na Baixada Santista. Umberto Alberto Gomes tinha 39 anos e era procurado pela polícia de São Paulo por envolvimento no homicídio do ex-delegado. Ele morreu após confronto com policiais paulistas e paranaenses em Curitiba, capital do Paraná, segundo as forças de segurança de São Paulo. Ele estava escondido num conjunto habitacional popular.

“Comunico que Umberto que estava procurado pelo DHPP [Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa] por ter tido participação na ação da Praia Grande entrou em confronto com equipe da polícia civil do Paraná e com equipe do DEIC [Departamento Estadual de Investigações Criminais] e morreu”, informa nota divulgada pela Polícia Civil de São Paulo.

Até o momento, quatro pessoas foram presas por envolvimento no assassinato de Ruy. Outras três pessoas são investigadas e procuradas. Felipe Avelino da Silva (foragido), conhecido no Primeiro Comando da Capital (PCC) como Mascherano, teve o DNA encontrado em um dos carros usados no crime; Flávio Henrique Ferreira de Souza (foragido), de 24 anos, também teve o DNA encontrado em um dos carros; Luis Antonio Rodrigues de Miranda (foragido) é procurado por suspeita de ter ordenado que uma mulher fosse buscar um dos fuzis usados no crime; Willian Silva Marques (preso e sem foto), dono da casa em Praia Grande de onde teria saído um fuzil que pode ter sido usado no crime, se entregou à polícia no domingo. Dahesly Oliveira Pires (presa) foi presa por suspeita de ser a mulher que foi buscar o fuzil na Baixada Santista; Luiz Henrique Santos Batista (preso), conhecido como Fofão, está envolvido, segundo a polícia, na logística da morte do ex-delegado. Ele teria dado carona para que um dos criminosos fugisse da cena do crime e foi preso. Rafael Marcell Dias Simões (preso), conhecido como Jaguar, foi preso após se entregar à polícia. Umberto Alberto Gomes (foragido), de 38 anos, digitais dele foram encontradas numa segunda casa usada pelos criminosos em Mongaguá.

Quem tiver informações que possam levar às prisões dos foragidos pode telefonar para o Disque-Denúncia pelo número 181. Não é preciso se identificar. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, os laudos periciais ainda estão em elaboração sobre o caso. Além dos suspeitos acima que tiveram as prisões decretadas, o Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa também investiga se Fernando Gonçalves dos Santos, conhecido “Azul” ou “Colorido”, teve algum envolvimento no caso. Ele é apontado como um dos chefes do PCC na Baixada Santista.

Uma das linhas de investigação é a de que o ex-delegado foi assassinado pelo PCC por seu histórico de combate à facção, que comanda o tráfico de drogas no estado e já o ameaçou de morte. O ex-delegado tinha 64 anos e foi um dos responsáveis pela prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, uma das principais lideranças do PCC. A outra hipótese é a de que Ruy possa ter sido vítima de uma emboscada e morto pelo PCC em razão do seu trabalho como secretário da Administração em Praia Grande. O secretário da pasta da Segurança Derrite disse neste mês à imprensa não ter dúvidas do envolvimento do PCC na execução do ex-delegado.

A defesa de William Silva Marques afirmou que permanece à inteira disposição da autoridade policial para prestar todos os esclarecimentos necessários no âmbito das investigações em curso e que havia sido agendado depoimento, mas a oitiva foi cancelada pela própria autoridade policial. A defesa de Dahesly informou que não iria se pronunciar neste momento. Já as defesas dos outros suspeitos não foram localizadas pelo DE.

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