Saúde em negociações para create reserva estratégica de antídotos contra intoxicação por metanol: fomepizol em destaque

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O Ministério da Saúde está em negociações com a Organização Mundial da Saúde (OMS) para a criação de uma reserva estratégica de antídotos para intoxicação por metanol. Atualmente, existem dois produtos disponíveis para esse fim: o etanol farmacêutico, utilizado apenas em centros de referência em intoxicação, e o fomepizol, que ainda não possui registro no Brasil. Diante dessa situação, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, declarou a intenção de estabelecer uma parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para garantir o acesso ao fomepizol.

O metanol é uma substância altamente tóxica e inflamável, cuja ingestão, inalação ou contato prolongado pode levar a sintomas graves, como náuseas, tonturas, convulsões, cegueira e até mesmo à morte. O fomepizol é considerado o antídoto mais eficaz para casos de intoxicação por metanol, porém sua falta de registro no Brasil exige a importação do medicamento. Para suprir essa demanda, o Ministério da Saúde busca parcerias internacionais para viabilizar a aquisição e reforçar os estoques disponíveis no país.

Enquanto o fomepizol não é registrado no Brasil, o etanol farmacêutico continua sendo utilizado como antídoto em casos de intoxicação por metanol, sendo restrito aos centros especializados em intoxicação do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a falta de interesse das empresas em solicitar o registro do medicamento no país tem levado o Ministério da Saúde a buscar alternativas para garantir o acesso ao antídoto.

Recentemente, casos de intoxicação por metanol têm sido registrados em diversas regiões do estado de São Paulo, levando à internação de várias pessoas em estado grave. A falta de regulamentação e controle sobre a comercialização de bebidas alcoólicas adulteradas tem sido um dos principais fatores desencadeadores desses incidentes. Diante desse cenário, as autoridades têm intensificado as ações de fiscalização e interdição de estabelecimentos suspeitos de venda de produtos adulterados.

É fundamental que profissionais de saúde estejam atentos aos sintomas de intoxicação por metanol e realizem a notificação de casos suspeitos, a fim de garantir um diagnóstico precoce e o tratamento adequado. Ações de conscientização e vigilância são essenciais para prevenir novos casos de intoxicação e assegurar a segurança da população. O Ministério da Saúde reforça a importância da colaboração de todos os envolvidos no enfrentamento desse problema de saúde pública.

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