Um grupo suspeito de utilizar vídeos com “deepfake” da modelo Gisele Bündchen para aplicar golpes com vendas de produtos está sob investigação policial no Rio Grande do Sul. A ação da Polícia Civil resultou na identificação de vídeos falsos envolvendo outras celebridades, como as apresentadoras Angélica Huck, Juliette, Maísa e Sabrina Sato, com prejuízos financeiros estimados em até R$ 210 milhões.
Na operação realizada nesta quarta-feira (1º), foram cumpridas 26 ordens judiciais contra os suspeitos integrantes do grupo criminoso. Além disso, nove mandados de busca e apreensão, sete de prisão preventiva e medidas de sequestro e bloqueio de bens foram executados em cinco estados do país. A sofisticação técnica por trás dos golpes chamou a atenção dos investigadores, que encontraram um vídeo com “deepfake” da imagem e voz de Gisele Bündchen promovendo um produto inexistente.
Os suspeitos deverão responder por crimes como estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e jogo de azar. O início das investigações se deu a partir da denúncia de uma mulher gaúcha, revelando a atuação dos estelionatários através de perfis falsos em redes sociais, onde divulgavam as campanhas fraudulentas e ostentavam os ganhos obtidos com os golpes.
Durante a apuração, a Polícia Civil identificou um dos criminosos oferecendo “mentoria” para ensinar técnicas de golpes digitais, ampliando a rede de fraudadores. Como forma de prevenção, a população deve ficar atenta a promoções suspeitas envolvendo celebridades, verificar a autenticidade dos perfis promotores, pesquisar a reputação das empresas e nunca fornecer informações pessoais sem confirmar a legalidade da oferta.
É importante ressaltar a necessidade de denunciar qualquer indício de golpe, mesmo que o valor seja baixo, para inibir a ação dos criminosos. Muitas vítimas, por não denunciarem devido aos valores relativamente baixos cobrados, acabam facilitando a operação dos golpistas. A conscientização e a colaboração da população são fundamentais para combater essas práticas ilícitas e proteger os consumidores de eventuais fraudes.