Intoxicação por Metanol em Olinda: Primeiro Caso Suspeito em Pernambuco

intoxicacao-por-metanol-em-olinda3A-primeiro-caso-suspeito-em-pernambuco

Grande Recife tem primeira suspeita de intoxicação por metanol; Pernambuco soma
cinco casos em investigação

Notificação divulgada nesta quinta (2) pelo governo é de uma moradora de Olinda
que foi internada no Recife. Após beber vodca, ela teve náuseas, vômito, dor de
cabeça e visão turva.

Suspeita de intoxicação por metanol: Secretaria de Saúde de PE investiga
primeiro caso em Olinda

Um quinto caso de suspeita de intoxicação por metanol em Pernambuco
está em investigação. A vítima é uma moradora de Olinda que bebeu vodca e está
internada com náuseas, episódios de vômito, dor de cabeça e visão turva. Essa
notificação, divulgada nesta quinta-feira (2) pela Secretaria Estadual de Saúde
(SES), é a primeira registrada em uma cidade do Grande Recife.

Essa mulher, de nome e idade não divulgados, tem quadro clínico estável e segue
em acompanhamento. Ela foi internada em uma unidade de saúde do Recife e contou
que buscou atendimento médico em 29 de setembro, três dias depois de apresentar
sintomas após ingerir a bebida alcóolica.

Dos cinco casos suspeitos registrados em Pernambuco, quatro casos foram
notificados à Secretaria Estadual de Saúde até esta quinta-feira (2), sendo uma
pessoa morta e um paciente com perda de visão, em Lajedo, no Agreste; e uma morte
em João Alfredo, na mesma região do estado, além do caso dessa moradora de Olinda.

A Polícia Civil, no entanto,
aponta que um homem também bebeu um uísque possivelmente contaminado em Lajedo e
morreu antes de ser encaminhado ao Hospital Mestre Vitalino (HMV), em Caruaru, que é a unidade de
saúde que fez as notificações à Secretaria Estadual de Saúde e ao Ministério da
Saúde.

Entre os suspeitos de contaminação por metanol no estado, estão os seguintes
casos:

1. Celso da Silva, de 43 anos, de Lajedo, que deu entrada no Hospital da Mestre
Vitalino no dia 2 de setembro e morreu uma semana depois, no dia 9 do mesmo
mês;
2. Marcelo dos Santos Calado, de 32 anos, morador de Lajedo, que deu entrada no
HMV no dia 4 de setembro e recebeu alta no dia 23 do mesmo mês, com perda da
visão;
3. Ronaldo de Lima Melo, de 30 anos e morador de João Alfredo, internado no dia
26 de setembro no HMV e com morte confirmada na terça-feira (30);
4. Jonas da Silva Filho, de idade não informada e morador de Lajedo, que morreu
na madrugada do dia 29 de agosto, antes de ser transferido para o HMV (caso
não notificado à SES até a última atualização desta reportagem);
5. Uma mulher, de nome e idade não divulgados, moradora de Olinda e que deu
entrada em uma unidade de saúde no Recife.

Segundo a polícia, há indícios de que os três casos possíveis de contaminação
por metanol em Lajedo tenham partido de garrafas de uísque compradas por uma das
vítimas, em um caminhão na cidade de Belo Jardim, no Agreste de
Pernambuco, para revenda.

Por não suspeitar de contaminação,
ainda segundo o delegado titular de Lajedo, Cledinaldo Orico, o próprio
comprador tomou a bebida, acompanhado de dois cunhados, enquanto acontecia um
festival de rock na cidade.

De acordo com o delegado, garrafas de uísque foram entregues à polícia pela
esposa de uma das vítimas, que suspeita de adulteração. A confirmação da
contaminação por metanol depende dos exames periciais.

Enquanto a polícia apura a origem da bebida, a Apevisa anunciou a ampliação do
processo de fiscalização e notificação em todo o estado. A ação contará com
participação conjunta de órgãos como o Programa de Proteção e Defesa do
Consumidor (Procon), o Ministério Público e o Ministério da Agricultura.

Já a SES, como medida de monitoramento contínuo, reuniu representantes técnicos
das áreas de Vigilância em Saúde, Atenção à Saúde, Regulação de Leitos e
Vigilância Sanitária para acompanhar as notificações e a elaboração de medidas
de controle. Além disso, vai atuar na rede de saúde para o manejo clínico dos
pacientes com perfil de sintomas da intoxicação.

A SES recomenda que a atenção seja redobrada com relação ao consumo de bebidas
alcoólicas destiladas, como vodca, gin, cachaça e uísque, por causa do risco de
adulteração com substâncias tóxicas.

Entre as orientações aos consumidores, a Apevisa reforçou que é recomendado: comprar bebidas alcoólicas em estabelecimentos licenciados pela Vigilância
Sanitária; observar se o lacre da garrafa está intacto; conferir se o rótulo apresenta fabricante, teor alcoólico, composição, datas
de fabricação e validade; procurar o registro de 13 dígitos do Ministério da Agricultura, exigido para todos os produtos alcoólicos.

Para comerciantes, a recomendação é redobrar o cuidado na escolha de
fornecedores. Preços muito abaixo do mercado podem ser indício de adulteração.

Nos bares e restaurantes, a Apevisa sugere que o cliente peça para ver a garrafa
da dose que será servida. Já em relação às bebidas prontas, como drinks, a
recomendação é consumir apenas em locais licenciados e acompanhados pela
Vigilância Sanitária.

Em caso de dúvidas, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica
(CIATox-PE) funciona 24 horas através do número 0800 722 6001. Denúncias também
podem ser feitas à Ouvidoria da SES, pelo número 136; ao Procon no número 0800
282 1512; e à Delegacia de Crimes contra o Consumidor, pelo telefone (81)
3184-3835.

Esse foi o conteúdo otimizado para SEO sobre o caso de intoxicação por metanol em Pernambuco, com ênfase na investigação dos casos suspeitos na região.

Box de Notícias Centralizado

🔔 Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram e no WhatsApp