A discussão sobre a reforma administrativa do governo tem sido alvo de críticas quanto ao timing escolhido para sua implementação. Líderes partidários argumentam que a Casa passou por muitos desgastes recentes, o que contribui para um ambiente desfavorável para avançar com novas propostas. Hugo Motta, que lidera a comissão responsável por analisar a reforma no Congresso, foi destacado como alguém que já enfrenta dificuldades para obter apoio e espaço político, após essas turbulências.
A avaliação é de que a janela de oportunidade para aprovar a reforma administrativa se encerra até dezembro deste ano, uma vez que em 2026 as atenções estarão voltadas para as eleições. Com as atuais circunstâncias desfavoráveis na Câmara, muitos consideram que será ainda mais complicado conseguir avanços efetivos nesse sentido.
Além disso, parlamentares têm destacado o papel do presidente da Casa, Arthur Lira, como um fator decisivo para o recente êxito na aprovação da reforma do Imposto de Renda. Lira tem sido apontado como um articulador eficaz, capaz de unir diferentes frentes políticas em prol de uma agenda comum, o que tem garantido vitórias importantes para o governo.
Diante desse cenário, a reforma administrativa se torna um desafio ainda maior, tendo em vista as dificuldades políticas enfrentadas pelo governo nas últimas semanas. Os líderes partidários expressam a necessidade de um planejamento estratégico mais eficaz e de uma maior articulação política para conseguir avançar com as reformas pretendidas pelo governo.