Defesa de ex-deputado goiano nega acusações de abuso contra filha de 2 anos

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O ex-deputado estadual goiano Iram de Almeida Saraiva Júnior foi preso nesta quarta-feira, 1º, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, sob suspeita de ter abusado sexualmente da filha de dois anos. A investigação, conduzida pela Polícia Civil fluminense, começou em março, após uma denúncia registrada em uma creche frequentada pela criança.

Durante o inquérito, a Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) reuniu depoimentos de profissionais de saúde, testemunhas e relatórios psicológicos, além de realizar um depoimento especial com a menor. Os agentes também cumpriram mandado de busca e apreensão no endereço do ex-parlamentar, onde recolheram o celular dele para perícia.

Além desse caso, Iram é investigado em outro inquérito, que corre na 16ª DP (Barra da Tijuca), por suspeita de injúria e perseguição contra a ex-esposa. Esse processo tramita em segredo de Justiça, e o Ministério Público já solicitou novas diligências antes de decidir sobre a apresentação de denúncia.

Defesa

O advogado Alexandre Mallet, que representa o ex-deputado, nega as acusações. Ele afirma que a investigação teria se originado de denúncias da ex-companheira de Iram, que chegou a alegar que o cliente teria transmitido herpes à filha. “Exames laboratoriais confirmaram que Iram não possui o vírus. O laudo do corpo de delito não indicou sinais de violência, e nada de irregular foi localizado nos dispositivos eletrônicos entregues às autoridades”, disse.

Segundo Mallet, o ex-deputado “confia plenamente na Justiça e está colaborando com todas as etapas do processo, acreditando que sua inocência será reconhecida”.

Carreira e família

Formado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB), Iram Júnior também atuava como médico oftalmologista no Rio de Janeiro. Ele é filho do ex-senador Iram Saraiva, que exerceu cargos como vereador, deputado estadual, deputado federal e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).

Seguindo os passos da família, o ex-parlamentar foi vereador em Goiânia e deputado estadual entre 1999 e 2007. Também concorreu à vice-prefeitura da capital em 2000 e esteve à frente da Faculdade Sul-Americana (Fasam).

A prisão provocou forte repercussão, tanto pelo peso político do sobrenome quanto pela gravidade das acusações. O caso segue sob investigação.

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