O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou Meri Helem Rosa de Abreu como diretora do Sesai (Departamento de Gestão da Saúde Indígena da Secretaria Especial de Saúde Indígena), vinculado ao Ministério da Saúde. A nomeação foi publicada nesta semana e gerou polêmica devido ao fato de Meri Helem ser ex-assessora do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
A notícia da nomeação de Meri Helem Rosa de Abreu para a coordenação da Saúde Indígena pelo governo de Lula foi recebida com surpresa pela comunidade indígena e por grupos ligados à defesa dos direitos dessas populações. A escolha levantou questionamentos sobre a falta de critérios na escolha de cargos tão importantes para a saúde dessas comunidades.
Meri Helem foi assessora especial de Pazuello durante sua gestão no Ministério da Saúde, período marcado por polêmicas e críticas relacionadas à atuação do governo na pandemia de Covid-19. Sua nomeação para um cargo estratégico na área da Saúde Indígena foi vista por alguns como uma continuidade de políticas que não atenderam às necessidades dessas populações.
A nomeação de Meri Helem Rosa de Abreu acontece em um momento de intensa pressão sobre o governo federal em relação à proteção dos povos indígenas durante a pandemia. A escolha de uma ex-assessora de Pazuello para coordenar a Saúde Indígena foi vista como um sinal contraditório em relação às demandas por uma atenção mais efetiva e respeitosa a essas comunidades.
Diante das críticas e da repercussão negativa da nomeação, o governo de Lula ainda não se pronunciou oficialmente sobre a escolha de Meri Helem para o cargo de diretora do Sesai. A decisão de nomear uma pessoa com histórico ligado ao governo de Pazuello para um cargo-chave na Saúde Indígena levantou debates sobre a necessidade de transparência e critérios técnicos na gestão da saúde dessas populações.
A falta de consulta prévia às lideranças indígenas e a ausência de informações sobre os critérios para a escolha de Meri Helem Rosa de Abreu como diretora do Sesai intensificaram as críticas ao governo de Lula. A nomeação gerou preocupações sobre a continuidade de políticas pouco eficazes e distantes das demandas reais das comunidades indígenas em relação à saúde e bem-estar.