Presidente da Mocidade é preso em operação do MPRJ contra cúpula do jogo do bicho no Rio

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Presidente da Mocidade é preso em operação do MPRJ contra nova cúpula do jogo do bicho

Na última sexta-feira, o presidente da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, Flávio da Silva Santos, conhecido como Pepé ou Flávio da Mocidade, foi preso em uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra a “nova cúpula do jogo do bicho”. A ação também resultou na prisão do contraventor Rogério de Andrade, que foi denunciado por organização criminosa voltada à exploração de jogos de azar. Os mandados foram cumpridos na capital, na quadra da Imperatriz Leopoldinense e em um haras localizado em Cachoeiras de Macacu.

A operação, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), contou com dois mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão contra os acusados. Além de Pepé e Andrade, Vinicius Drumond, também apontado como integrante da nova cúpula do jogo do bicho, foi alvo de nove mandados de busca.

As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Comarca da Capital e cumpridas em diversos endereços, incluindo imóveis na capital fluminense, na quadra da Imperatriz Leopoldinense e no haras em Cachoeiras de Macacu. A Justiça determinou que Rogério de Andrade permaneça preso no sistema penitenciário federal, e Flávio da Mocidade seja incluído em regime federal de segurança máxima.

Segundo as investigações conduzidas no Procedimento Investigatório Criminal (PIC), desde 2014, Rogério e Flávio comandam a principal organização responsável pela exploração de jogos de azar no Rio, incluindo a gestão direta de pontos de apostas e o envolvimento em disputas violentas com grupos rivais. A denúncia também aponta a existência de um esquema de corrupção sistemática em unidades da Polícia Civil e da Polícia Militar, por meio do pagamento de propinas para garantir a continuidade das atividades ilícitas.

A operação teve o apoio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE), da Polícia Civil. O Ministério Público ressaltou ainda que a nova cúpula do jogo do bicho conta com o envolvimento de ao menos 72 policiais militares como guarda-costas. A situação demonstra a fragilidade do sistema de segurança pública diante das organizações criminosas que atuam no estado.

Em resumo, a prisão do presidente da Mocidade e do contraventor Rogério de Andrade evidencia as ramificações do jogo do bicho no Rio de Janeiro e a importância de combater a corrupção e a exploração ilegal de jogos de azar no estado. A continuidade das investigações e das ações de combate ao crime organizado são essenciais para promover a segurança e a legalidade no cenário carioca. A sociedade espera por medidas eficazes que contribuam para a punição dos responsáveis e a desarticulação dessas redes criminosas.

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