Caso João de Deus: PC encerra força-tarefa e envia mais sete inquéritos à Justiça

Em coletiva à imprensa na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC) na manhã desta quinta-feira (10), a delegada Karla Fernandes informou que a Policia Civil de Goiás concluiu os inquéritos no caso “João de Deus”.

De acordo com a delegada, a PC ouviu 15 mulheres para comprovar o padrão utilizado pelo médium. Oito inquéritos foram realizados ao todo pela DEIC, dois por posse ilegal de arma (sendo um para cada residência em que foram encontradas as armas de fogo) e seis por posse sexual mediante fraude.

Deste total, apenas um inquérito já está no Judiciário (que culminou na prisão do médium no último dia 16 de dezembro), os outros sete inquéritos serão encaminhados à Justiça de Goiás hoje.

Karla Fernandes informou ainda que, Ana Keyla Teixeira Lourenço, mulher de João de Deus, também foi indiciada pela Polícia Civil por posse ilegal de armas junto com o marido. Segundo a delegada, a esposa do médium residia no mesmo local que ele e durante as diligências foi encontrada uma arma de fogo na gaveta de peças intimas de Ana Keyla.

De acordo com Karla, “se ela tivesse informado à Polícia que tinha conhecimento das armas e que elas eram dele, ele seria o único indiciado, mas não tem como uma pessoa morar na mesma casa e não ter conhecimento se o objeto está em sua gaveta de peças íntimas.”

Dos sete inquéritos encaminhados hoje, em três foi solicitado pela Polícia Civil, o arquivamento das denuncias por dois diferentes fatores: decadência e prescrição dos crimes.

Ela também anunciou o fim da força-tarefa da corporação criada para investigar as denúncias contra o religioso.

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STF homologa plano para melhorar condições de presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar o Plano Pena Justa, elaborado pelo governo federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar os problemas encontrados nos presídios do país. A questão foi decidida em sessão virtual do plenário, que foi encerrada no último dia 19.

O plano foi protocolado em setembro deste ano no âmbito da ação na qual o Supremo determinou a elaboração de um plano nacional de enfrentamento aos problemas dos presídios brasileiros, como superlotação de detentos e disputas entre facções.

A determinação ocorreu em outubro de 2023, quando o STF estabeleceu o estado de coisas inconstitucional nas prisões do Brasil.

Com a decisão, a União e os estados foram obrigados a elaborar um plano para enfrentar os problemas do sistema penitenciário.

O Plano Pena Justa é composto por quatro eixos que tratam do controle de entrada e das vagas no sistema prisional; qualidade dos serviços prestados e da estrutura, reintegração social e política para não repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF.

O plano também apresenta indicadores e metas para os anos de 2025, 2026 e 2027.

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