Essa parceria entre a Cedae e o Exército é de extrema importância para o meio ambiente, pois a recuperação e reflorestamento de áreas degradadas são essenciais para a preservação da biodiversidade e para a garantia de recursos hídricos para a população. O terreno em Paracambi, na Baixada Fluminense, que vem sendo reflorestado equivale a 450 campos de futebol e abriga o Depósito Central de Munições do Exército. Esse é o maior projeto contínuo já realizado desde a criação do programa Replantando Vida, há 24 anos.
O engenheiro florestal Elton Abel, coordenador do Replantando Vida, enfatiza que a área recuperada, localizada às margens do Rio Guandu, receberá mais de um milhão de mudas de árvores nativas da Mata Atlântica nos próximos cinco a seis anos. Além disso, novas técnicas de plantio estão sendo testadas nesse projeto, como a semeadura direta, para acelerar o processo de recuperação ambiental. As primeiras espécies a ser plantadas são as pioneiras, que exigem menos água e suportam melhor o calor e a luz solar.
A ação de reflorestamento não só contribui para a restauração do ecossistema local, mas também para a segurança hídrica da Região Metropolitana do Rio, já que a área está localizada antes do ponto de captação de água para tratamento na Estação de Tratamento de Água do Guandu. Com o plantio de árvores frutíferas e a diversificação de espécies, a fauna local será atraída e a disseminação de sementes será acelerada, impulsionando ainda mais a restauração ambiental.
O Programa de Recuperação do Corredor Tinguá-Bocaina, lançado pela Cedae em 2023, prevê o plantio de mais de um milhão de mudas não só na Bacia do Rio Guandu, mas também na Serra da Cambraia. Essa iniciativa visa não só a recuperação de áreas degradadas, mas também a promoção da biodiversidade e a garantia de recursos naturais para as futuras gerações. O trabalho conjunto entre entidades públicas e privadas é fundamental para a construção de um futuro mais sustentável e equilibrado.
Portanto, a parceria entre a Cedae e o Exército para o reflorestamento de uma área tão significativa na Baixada Fluminense é um grande passo na direção da preservação ambiental e do uso sustentável dos recursos naturais. A recuperação dessas áreas degradadas não apenas beneficia o meio ambiente, mas também a população que depende dos recursos hídricos e da biodiversidade para seu bem-estar e qualidade de vida. Espera-se que iniciativas como essa sirvam de exemplo e incentivem ações similares em outras regiões, visando a construção de um futuro mais verde e próspero para todos.