Bebida falsificada que custou R$ 5,50 em Curitiba pode ter causado intoxicação por metanol em idoso, segundo investigação
Idoso de 71 anos está internado em estado grave. Outro caso foi confirmado e quatro estão em investigação no Paraná, segundo a Secretaria de Saúde.
Uma garrafa de bebida alcoólica vendida por R$ 5,50 pode ter causado a intoxicação por metanol de um idoso de 71 anos em Curitiba. Ele está internado em estado grave, com diagnóstico confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
A Sesa também confirmou que um homem de 60 anos, da capital, foi contaminado por metanol. Outros quatro casos estão em investigação: uma mulher de 31 anos, moradora de Foz do Iguaçu; um homem de 36 anos, residente de Curitiba; um caso em Maringá e outro em Cruzeiro do Oeste.
A suspeita surgiu depois que policiais encontraram nos pertences do paciente notas fiscais indicando o local onde ele comprou a bebida destilada, um bar no bairro Jardim das Américas.
A partir disso, equipes da Vigilância Sanitária de Curitiba e das Polícias Civil e Científica realizaram uma operação no estabelecimento no último sábado (4).
De acordo com a prefeitura, as câmeras de segurança do bar foram analisadas e mostraram o momento em que o homem adquiriu o produto.
De acordo com Lúcia Nogas Milani, coordenadora da Vigilância Sanitária de Curitiba, foram encontrados indícios de falsificação na bebida.
Os produtos foram apreendidos e amostras enviadas para análise laboratorial. A Vigilância orienta que os consumidores fiquem atentos a detalhes como rótulo, lacre e nível do líquido nas garrafas, que podem indicar falsificação.
O metanol é um álcool usado industrialmente em solventes e outros produtos químicos, é altamente perigoso quando ingerido. Inicialmente, ataca o fígado, que o transforma em substâncias tóxicas que comprometem a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e até morte. Também pode provocar insuficiência pulmonar e renal.
O Ministério da Saúde iniciou o envio emergencial de etanol farmacêutico, usado como antídoto em casos de intoxicação por metanol. O Paraná recebeu 100 ampolas do medicamento, que serão distribuídas conforme a demanda das unidades hospitalares.
A Sesa reforça que qualquer suspeita de intoxicação deve ser comunicada imediatamente aos Centros de Informação e Assistência Toxicológica do Paraná (CIATox), que orientam os serviços de saúde públicos e privados sobre o atendimento adequado.