Lula e Trump conversam sobre tarifaço por vídeo e acertam novo encontro para ‘breve’; o que se sabe

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com o presidente americano, Donald Trump, por videoconferência nesta segunda-feira (6/10). Lula pediu a Trump a retirada da tarifa de 40% imposta aos produtos brasileiros e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras, como a cassação de vistos e aplicação de sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. Representantes de Trump buscaram os de Lula na semana passada para fazer os acertos. Uma nova conversa entre os dois presidentes era esperada desde que eles se encontraram pessoalmente durante a Assembleia da ONU em Nova York, onde Trump reconheceu que os americanos sentem falta de alguns produtos brasileiros afetados pelas tarifas.
Em nota, o Planalto afirmou que a conversa ocorreu por 30 minutos ‘em tom amistoso’ e informou que ambos concordaram em se encontrar pessoalmente ‘em breve’. Trump não quis estabelecer uma nova data de encontro, mas determinou que as tratativas para isso continuem por meio dos assessores. Na conversa, em tom amigável, Trump chegou a comentar que estava mal humorado na Assembleia da ONU com os problemas na escada rolante e no teleprompter e que a interação com Lula teria sido o lado positivo. Trump admitiu que os Estados Unidos estão ‘sentindo falta’ de alguns produtos brasileiros afetados pelo tarifaço, citando especificamente o café. Ambos concordaram em futuras discussões e encontros.
Participaram da conversa, do lado brasileiro, o vice-presidente Geraldo Alckmin, os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda), Sidônio Palmeira (Comunicação) e o assessor especial Celso Amorim. O presidente Lula destacou o contato como uma oportunidade para a restauração das relações entre as duas democracias. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, foi designado por Trump para dar sequência às negociações com autoridades brasileiras. As tratativas seguirão para acordos econômicos e comerciais entre os dois países.
Haddad afirmou que a conversa foi positiva e Alckmin descreveu o encontro como ‘boa, descontraída, proveitosa e longa’. Lula e Trump trocaram telefones pessoais, e os presidentes concordaram que seus respectivos times continuem as conversas. A demora para o encontro se deve a ajustes de agendas e detalhes para a reunião, que abordará assuntos como a economia, o comércio e a relação entre Brasil e EUA. A interação positiva entre os presidentes pode indicar avanços nas negociações futuras e na retomada de uma relação amigável entre os países.

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