Celso Sabino antecipa retorno a Brasília em meio a processo de expulsão do União Brasil: entenda.

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Sabino antecipa retorno a Brasília em meio a processo de expulsão do União
Brasil

Partido ordenou entrega de cargos ocupados por filiados no governo Lula em
setembro, mas Sabino resiste. Ministro cancelou compromissos que teria em Belém
(PA).

Celso Sabino e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante reunião
Ministerial, no Palácio do Planalto em agosto de 2024 — Foto: Ricardo
Stuckert/PR

O ministro do Turismo, Celso Sabino, antecipou seu retorno a Brasília e cancelou
a participação numa agenda que teria em Belém nesta segunda-feira (6).

A mudança de programação ocorre em meio ao processo instaurado pela direção
nacional do União Brasil contra ele e à possibilidade de permanência de Sabino
no governo.

Sabino participaria de um evento em Belém e desembarcaria na capital federal só
no fim da tarde, mas o ministro está em despachos internos em seu gabinete em
Brasília desde esta manhã.

Sabino tem até esta segunda para apresentar defesa no processo disciplinar que
pode levar à expulsão do União Brasil, segundo o relator do caso, deputado Fabio
Schiochet (União-SC).

O procedimento foi aberto no último dia 30 pela direção nacional da sigla e
acusa Sabino de desrespeitar orientações partidárias, como ultimato da legenda
para a entrega de cargos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dirigentes do União devem se
reunir na manhã desta quarta-feira (8) para analisar o processo.

Até a última atualização dessa reportagem, Schiochet ainda não havia sido
procurado ou recebido qualquer manifestação do ministro. Fontes próximas a Sabino atribuem a
volta antecipada dele a Brasília às tratativas para que ele permaneça no cargo. No momento, a expectativa é de que
Sabino procure o presidente Lula novamente nesta semana e comunique a sua decisão de recuar do pedido de demissão entregue no fim do mês passado.

Ao longo da última semana, Sabino participou de compromissos com Lula em Belém e
afirmou que apoiaria o petista, independentemente do cenário político. Sabino
afirmou que “nada” o afastaria do petista.

Para membros do União Brasil, o anúncio e a atitude do ministro demonstram que ele não planeja seguir a ordem do partido. Em rota de colisão com o Planalto, a
sigla decidiu que filiados teriam de deixar cargos na gestão Lula até o dia 19
de setembro. À época, o União Brasil afirmou que o descumprimento será
considerado infidelidade partidária.

Aliados de Sabino já têm afirmado que, diante das sinalizações, ele deve atuar
para permanecer no cargo. Auxiliares do ministro também afirmam que ele recebeu
apoio de grande parte da bancada do União na Câmara para não sair do governo.

O ministro do Turismo resiste a deixar a pasta. Parlamentares próximos ao ministro
têm dito que Sabino avalia a pasta como uma forma de se projetar para
uma eventual candidatura ao Senado em 2026.

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