Fábrica clandestina de palmito em SP: multa de R$ 264 mil para dupla e apreensão de palmito e armas

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Fábrica clandestina de palmito é descoberta no interior de SP; dupla é multada
em R$ 264 mil

Polícia Militar Ambiental chegou até o local, em Sete Barras (SP), após receber
uma denúncia anônima. Equipes encontraram palmito juçara em conserva, carne de
caça, armas de fogo e munições na fábrica clandestina.

A Polícia Militar Ambiental encontrou uma fábrica clandestina de palmito dentro
da Área de Proteção Ambiental da Serra do Mar em Sete Barras, no interior de São
Paulo. Um homem e uma mulher foram multados em R$ 264.440 mil por crimes
ambientais.

A PM recebeu uma denúncia anônima sobre industrialização clandestina de palmito,
armazenamento de carne de caça e posse de armas, na última sexta-feira (3). O
imóvel fica dentro de uma propriedade rural, no bairro Itaguá.

No local, os policiais apreenderam 107 hastes in natura e 26,7 kg em conserva de
palmito juçara, que está na lista oficial de espécies da flora brasileira
ameaçadas de extinção. Além disso, eles encontraram 52 kg de carne de caça,
incluindo animais como teiú, tatu, paca, cateto e capivara, quatro armas de fogo
e munições.

Segundo a PM Ambiental, os responsáveis pelo local foram identificados e
indiciados por crimes de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, por
matar espécime da fauna silvestre, causar dano direto ou indireto às unidades de
conservação, relação de consumo e receber produtos vegetais sem licença.

A dupla foi multada, cada um, em R$ 52 mil por manter em depósito espécimes da
fauna silvestre sem permissão, R$ 64.200 por manter em depósito produtos de
origem vegetal sem licença para armazenamento e em R$ 16.020 por manter em
depósito 26,7 kg de palmito juçara, também sem licença.

A polícia ainda informou que as infrações tiveram o valor dobrado por serem
cometidas dentro de uma unidade de conservação ambiental. Os produtos
apreendidos foram encaminhados à Delegacia de Polícia de Sete Barras.

Segundo um levantamento da GloboNews com dados do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) e do Ministério da Justiça, crimes ambientais raramente resultam em
prisões no Brasil. O país teve, até agosto do ano passado, 183,3 mil processos,
mas somente 433 foram parar na prisão. Veja abaixo: Crime ambiental: 1 a cada 400 processos acaba em prisão.

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