Foi aprovada hoje (07) a instalação da Comissão Especial Temporária (CET) para investigar o contrato de construção da obra do BRT em Goiânia. A proposta foi feita pelo vereador Alysson Lima (BRT) e deve fiscalizar o andamento da obra, que segundo o vereador, já gastou até o momento R$ 340 milhões e ainda não foi inaugurada.
Lima afirma que a obra é “a maior e mais cara” feita na capital e que por isso é necessário acompanhar e fiscalizar todo o processo. “Eu resolvi pedir a abertura dessa Comissão para fiscalizar o andamento dessa obra passo a passo, perguntar por que foi interrompido, o que foi gasto até agora, os contrato… Porque é um consórcio que está administrando essa obra”, explicou.
Segundo ele, a construção do BRT tem três vertentes financeiros: da prefeitura, do governo federal e empréstimos da Caixa Econômica Federal. “E quando uma dessas fontes para ou atrasa o repasse a obra para totalmente. É o que está acontecendo e está causando transtornos”.
O parlamentar lembrou que além da questão financeira, ainda há outras denúncias que devem ser investigadas em relação o BRT não inaugurado, como o impacto ambiental causado pela retirada de árvores e também uma suspeita de concretagem feita e depois retirada por erros de cálculos do calçamento. “Não tinha como fazer isso antes? Checar a dimensão correta? Isso é um gasto gigantesco”, questionou o vereador.
Lima lembrou que a CET tem funções diferentes da Comissão Especial de Investigação (CEI), mas que tem poder de fiscalização. De acordo com o vereador, a Comissão trabalha via cartas convites, mas que caso seja necessário a convocação do ex-prefeito Paulo Garcia (PT) ou de ex-secretários, elas poderão ser feitas a partir de outras comissões.