Câmara aprova criação de Comissão que vai fiscalizar obras do BRT

Foi aprovada hoje (07) a instalação da Comissão Especial Temporária (CET) para investigar o contrato de construção da obra do BRT em Goiânia. A proposta foi feita pelo vereador Alysson Lima (BRT) e deve fiscalizar o andamento da obra, que segundo o vereador, já gastou até o momento R$ 340 milhões e ainda não foi inaugurada.

Lima afirma que a obra é “a maior e mais cara” feita na capital e que por isso é necessário acompanhar e fiscalizar todo o processo. “Eu resolvi pedir a abertura dessa Comissão para fiscalizar o andamento dessa obra passo a passo, perguntar por que foi interrompido, o que foi gasto até agora, os contrato… Porque é um consórcio que está administrando essa obra”, explicou.

Segundo ele, a construção do BRT tem três vertentes financeiros: da prefeitura, do governo federal e empréstimos da Caixa Econômica Federal. “E quando uma dessas fontes para ou atrasa o repasse a obra para totalmente. É o que está acontecendo e está causando transtornos”.

O parlamentar lembrou que além da questão financeira, ainda há outras denúncias que devem ser investigadas em relação o BRT não inaugurado, como o impacto ambiental causado pela retirada de árvores e também uma suspeita de concretagem feita e depois retirada por erros de cálculos do calçamento. “Não tinha como fazer isso antes? Checar a dimensão correta? Isso é um gasto gigantesco”, questionou o vereador.

Lima lembrou que a CET tem funções diferentes da Comissão Especial de Investigação (CEI), mas que tem poder de fiscalização. De acordo com o vereador, a Comissão trabalha via cartas convites, mas que caso seja necessário a convocação do ex-prefeito Paulo Garcia (PT) ou de ex-secretários, elas poderão ser feitas a partir de outras comissões.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp