Pai vende balas para viagem do filho à seletiva do Bolshoi: ajude!

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Escola faz rifa para ajudar pai que vende bala no sinal a custear viagem do filho à seletiva do Bolshoi

Dois alunos de Itapetininga se preparam para seletiva do Bolshoi com ajuda de rifas e doações organizadas pela escola de dança; o pai de um deles passa 8h vendendo bala no sinal para custear a viagem.

Pai vende bala no sinal para custear viagem do filho à seletiva do Bolshoi

Pai vende bala no sinal para custear viagem do filho à seletiva do Bolshoi

Para custear a viagem do filho à seletiva da Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville (SC), um pai de Itapetininga (SP) passa mais de oito horas por dia vendendo balas no semáforo. A história comoveu colegas e professores, que decidiram lançar uma rifa para ajudar na arrecadação.

Além dele, outra mãe da mesma escola de dança também enfrenta dificuldades financeiras e chegou a usar o dinheiro das contas do mês para não deixar o filho fora da audição. Juntos, os dois jovens representam o Itapetininga em uma das seleções mais concorridas do país.

A professora dos bailarinos, Natália Queiroz de Medeiros, de 29 anos, contou ao DE que a escola já conseguiu arrecadar cerca de um terço da meta de R$ 5 mil necessária para bancar transporte e hospedagem dos alunos. O valor será dividido igualmente entre as duas famílias.

“Lançamos a rifa nas redes sociais no fim de semana e, em poucas horas, conseguimos vender todos os números. A ideia agora é continuar com novas ações até o dia 24 de outubro”, afirmou Natália.

A professora contou que, no fim de semana, cerca de 50 pessoas entraram em contato pelo telefone da escola e pelas redes sociais para ajudar na campanha. Quem não conseguiu comprar a rifa decidiu fazer doações diretas, entre R$ 100 e R$ 300, para contribuir com os custos da viagem. “A gente vendeu toda a rifa, e mesmo assim ainda teve gente procurando para doar”, contou Natália.

Ainda nesta semana, a professora pretende abrir novas rifas e para concentrar as doações abriu uma vaquinha virtual. Famílias da escola, comerciantes e moradores da cidade também ofereceram produtos e serviços para serem sorteados nas próximas ações.

Através das redes sociais, escola consegue mobilizar doações para pagar viagem de bailarinos até Joinville — Foto: Reprodução/Redes sociais

“Nossa, eu nem imaginava que ia ser tão grande a repercussão. Uma pessoa de Joinville entrou em contato querendo fazer uma doação para ajudar. Não imaginei que tantas pessoas iam ajudar”, completou.

Segundo a professora, os resultados das audições devem sair uma semana depois do encerramento dos processos. Essa não foi a primeira vez que a escola precisou se mobilizar para ajudar um bailarino a participar das audições do Bolshoi.

“É sempre importante qualquer ajuda que venha para ajudar os meninos. É difícil viver de arte no Brasil. Estudar no Bolshoi pode mudar a vida deles. Eles podendo estudar no Bolshoi, pode ser uma oportunidade de ter uma vida melhor”, apontou Natália.

Matheus Felipe Nunes de Oliveira, de 11 anos, foi selecionado após uma apresentação em Sarapuí (SP). — Foto: Arquivo Pessoal

Como ajudar

Quem quiser contribuir com os bailarinos pode entrar em contato com a escola de dança pelas redes sociais. A unidade fica na Avenida Darcy Vieira, nº 1702, no Jardim Itália, em Itapetininga.

Relembre a história

Para custear a viagem do filho à seletiva da Escola do Teatro Bolshoi, em Joinville (SC), um pai de Itapetininga (SP) passa mais de oito horas por dia vendendo balas no semáforo. Outra mãe decidiu usar o dinheiro das contas do mês para não deixar o filho fora da audição.

Rafael Nunes dos Santos, de 37 anos, vende balas no Centro de Itapetininga desde 2018. Neste mês, dobrou a jornada para arrecadar os mais de R$ 2 mil necessários para levar o filho Matheus Felipe Nunes de Oliveira, de 11 anos, até Santa Catarina.

“A gente não tem condições, é caro demais. Ele tem noção que talvez não consiga. Mas todo esse esforço para chegar até aqui e não ir? Ele vai, vai conseguir”, disse a mãe, Clara da Conceição Oliveira Leite, de 43 anos.

Miquéias Silva Evangelista, de 16 anos, também conta com a ajuda da mãe e da professora para realizar o sonho de participar da seletiva do Bolshoi. A paixão pela dança começou cedo e agora ele tem a chance de estudar no renomado instituto.

Outra família que também se mobilizou foi a de Miquéias Silva Evangelista, de 16 anos. — Foto: Arquivo Pessoal/Miquéias Silva Evangelista

Outra família que também se mobilizou foi a de Miquéias Silva Evangelista, de 16 anos. — Foto: Arquivo Pessoal/Miquéias Silva Evangelista

Se você quiser contribuir com os bailarinos e ajudar a realizar esse sonho, entre em contato com a escola de dança e saiba como colaborar. Juntos, podemos tornar a jornada desses talentosos jovens de Itapetininga ainda mais incrível.

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