A proibição da fabricação e venda de armas de gel, tanto no estado do Rio de Janeiro quanto no município, está caminhando para se tornar uma realidade. Após ser aprovado em primeira discussão na Câmara dos Vereadores, o Projeto de Lei 3727/2024, de autoria dos vereadores Carlo Caiado e Leonel Borel, visa proteger as crianças e evitar que esses objetos sejam utilizados de forma indevida. A proposta aguarda agora a segunda discussão e a aprovação final para seguir para a sanção ou veto do prefeito.
A justificativa apresentada pelos vereadores ressalta a importância de proteger a população, especialmente crianças e adolescentes, de acidentes causados pelo uso dessas armas de gel. Chamadas de gel blasters, essas armas se assemelham muito a armamentos reais e têm sido utilizadas de forma inadequada por criminosos, ocasionando verdadeiros riscos para a segurança pública. Ações da Polícia Civil já resultaram na apreensão de centenas dessas armas, evidenciando a necessidade de uma regulamentação mais rígida.
A proibição das armas de gel no estado do Rio de Janeiro já é uma realidade, graças à lei 10.980/25, proposta pela deputada Tia Ju e aprovada pela Assembleia Legislativa. A parlamentar destacou casos ocorridos em outras regiões do país, onde indivíduos atiraram contra pessoas desprevenidas, simulando guerras e confrontos de forma irresponsável. Essas situações evidenciam a necessidade de medidas para coibir o uso indevido desses objetos, que podem ser confundidos com armas de fogo.
A chegada desse tipo de arma ao Rio de Janeiro, inspirada em jogos de videogame, tem causado preocupação e chamado a atenção para a necessidade de conscientização sobre os perigos envolvidos. Jovens têm se envolvido em “batalhas” simuladas em locais públicos, o que pode causar confusão e colocar em risco a integridade física das pessoas. Mesmo que inicialmente projetados para serem inofensivos, o uso indiscriminado dessas armas pode resultar em acidentes e incidentes de natureza mais grave.
A cobertura jornalística realizada pelo jornal O Globo trouxe à tona a gravidade da situação, evidenciando como a moda das gel blasters tem se alastrado pelo país. Os relatos de confrontos simulados em locais como o Complexo da Maré e Vila Kennedy, registrados em vídeos que circulam pela internet, ressaltam a importância de medidas que restrinjam o acesso a essas armas. A curiosidade de crianças, a venda desses objetos como brinquedos e o uso irresponsável por parte de jovens têm gerado preocupação na sociedade.
É crucial que tanto a esfera municipal quanto a estadual estejam alinhadas na aprovação de legislações que visam coibir o uso indevido de armas de gel. A proibição da fabricação e da venda desses objetos é um passo importante para a preservação da segurança e tranquilidade da população. A conscientização sobre os riscos envolvidos e a fiscalização efetiva são medidas fundamentais para garantir que essas armas não representem mais uma ameaça em potencial no cenário urbano.