Cineasta brasileiro é deportado após flotilha humanitária para Gaza: relatos de maus-tratos e violência

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O cineasta carioca detido por Israel na flotilha humanitária rumo a Gaza, Miguel Viveiros de Castro, foi deportado para a Jordânia após a interceptação da embarcação que levava alimentos e remédios para os palestinos. Durante sua prisão, ele relatou ter sofrido maus-tratos, incluindo violência física e psicológica. Miguel estava a bordo do veleiro Catalina, uma das mais de 40 embarcações da missão.

Após a abordagem pelos militares israelenses, os ativistas foram levados ao porto de Ashdod, em Israel, onde foram submetidos a tratamentos desumanos. Miguel descreveu a experiência como estar em um campo de concentração, com privação de sono e intimidação constante. Todos os detidos, incluindo ele e outros ativistas brasileiros, foram posteriormente deportados para a Jordânia.

Em um relato gravado após a deportação, o cineasta contou sobre os momentos de tensão durante a interceptação dos barcos da flotilha. Ele mencionou a presença de militares armados e a violência usada contra os ativistas. Miguel destacou que, apesar das adversidades, todos os deportados estão bem e foram bem recebidos na Jordânia.

Miguel Viveiros de Castro é conhecido por seu trabalho no cinema documental, com foco em movimentos sociais e direitos humanos. Seus filmes têm sido reconhecidos internacionalmente, com prêmios em festivais ao redor do mundo. O cineasta é autor de documentários que abordam questões sociais e ambientais relevantes, como a resistência de comunidades rurais e a luta por direitos.

A família de Miguel Viveiros de Castro sente orgulho de sua atuação em causas humanitárias e pacíficas, mas também vive momentos de angústia diante da incerteza sobre seu paradeiro. A deportação dos ativistas brasileiros foi condenada pelo governo brasileiro, que exigiu a imediata liberação dos detidos. A ação de Israel foi considerada uma grave violação do direito internacional.

A missão da Global Sumud Flotilla tinha como objetivo romper o bloqueio à Faixa de Gaza e denunciar a situação humanitária na região. A participação de ativistas de diversas nacionalidades, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg, evidencia a preocupação global com a questão. Miguel e os demais deportados enfrentaram desafios, mas continuam comprometidos com a causa humanitária.

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