Postos de combustível sob investigação por possível ligação com PCC em Ribeirão Preto, SP

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Dono de posto de combustível em Ribeirão Preto, SP, nega envolvimento com DE

Cinco estabelecimentos na região estão na mira do Ministério Público por suspeita de participação em esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado.

Postos de combustíveis são investigados por suposta ligação com PCC

Postos de combustíveis são investigados por suposta ligação com PCC

O empresário Valdemar de Bortoli Júnior, dono da Rede Sol Fuel, investigada pelo Ministério Público por suspeita de participação no esquema do Primeiro Comando da Capital (PCC) para lavagem de dinheiro, negou nesta terça-feira (7) qualquer ligação com o crime.

Além da distribuidora, ele também é dono de um posto de combustível na Avenida Independência, em Ribeirão Preto (SP), que também entrou na mira do MP.

À EPTV, afiliada da TV Globo, Bortoli disse que vai provar a regularidade das empresas.

“Não procede e já está sendo demonstrado ao MP a regularidade total da Rede Sol, uma empresa de quase 30 anos de mercado, consolidada, contumaz pagadora de tributos, com todas as CNDs negativas. A Rede Sol não tem participação nenhuma em nenhum tipo de irregularidade”.

Além do posto de propriedade de Bortoli, outros quatro na região também são investigados. Eles têm como dono o empresário Pedro Furtado Gouveia Neto. Ele não foi encontrado pela reportagem para comentar o assunto.

Gouveia não aparece nas redes sociais nem em festas badaladas, mas é dono de mais de 50 estabelecimentos no estado de São Paulo, incluindo quatro unidades em Ribeirão Preto e Franca (SP).

São dele os postos nas avenidas Saudade e Capitão Salomão, em Ribeirão, e os estabelecimentos nas avenidas Miguel Sábio de Melo e Doutor Hélio Palermo, em Franca.

Posto de combustível da RodOil é investigado por suspeita de envolvimento em esquema criminoso do PCC — Foto: Reprodução/EPTV

As investigações apontam que o PCC atuava juntamente com redes de postos e distribuidoras de combustíveis no estado de São Paulo para lavar dinheiro. Uma das lavanderias, de acordo com o MP, é a BK Instituição, que fica na Avenida Plínio de Castro Prado, em Ribeirão Preto.

A suspeita é de que a empresa tenha lavado mais de R$ 40 bilhões para a organização criminosa de 2021 a 2024. A BK também tem escritórios em Campinas (SP) e na Grande São Paulo.

Para a polícia, os chefes do esquema criminoso que se juntou ao PCC são Mohamad Hussein Mourad e Roberto Augusto Leme da Silva, o Beto Louco. Os dois estão foragidos.

As investigações também apontaram um contato entre Mohamad e Bortoli, mas o empresário disse que a situação foi exclusivamente profissional.

Bortoli é co-proprietário e sócio de um condomínio onde estão várias distribuidoras de combustível em Jardinópolis (SP). Foi neste local que o MP descobriu que funcionava a Duvale, empresa suspeita de adulterar combustíveis com metanol.

De acordo com as investigações do Ministério Público, o metanol era desembarcado no Porto de Paranaguá e seguia para Jardinópolis, onde era misturado ao etanol.

O ponto final, ainda de acordo com as investigações, eram os mais de mil postos de combustível espalhados por vários estados brasileiros, dominados pelo PCC.

O motorista era prejudicado por abastecer o carro com combustível misturado com metanol e o governo federal, com a sonegação de impostos.

As investigações descobriram ainda que, quando o consumidor pagava a conta na máquina de cartão de crédito, o valor ia direto para instituições financeiras ligadas ao PCC e, o que deveria chegar na Receita Federal, nunca era descoberto.

Este é um breve resumo sobre a investigação que envolve postos de combustível e possíveis ligações com o DE. Acompanhe o g1 Ribeirão Preto e Franca para ficar por dentro de todas as informações relacionadas a esse caso.

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