Pai denuncia professor por agressão a aluno com TDAH em escola municipal de MG: Caso em Formiga sob investigação policial

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Pai denuncia professor por agressão a aluno com TDAH em escola municipal em MG

Segundo a denúncia, o menino de 11 anos teria sido arrastado para fora da sala pelo docente após discussão com outro aluno. No BO, professor diz que não agiu com violência.

Professor arrasta aluno escola municipal Formiga 29-09-2025 — Foto: Reprodução

O pai de um aluno de 11 anos fez um boletim de ocorrência na Polícia Militar (PM) para registrar que o filho, diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), foi agredido por um professor de educação física na Escola Municipal Angelita Gomes, em Formiga (MG), região Centro-Oeste do estado. O caso, que aconteceu em 29 de setembro e é investigado pela Polícia Civil.

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Marley Michel Rodrigues contou para a PM que foi informado pela direção da escola que o filho teria discutido com um colega e que um professor havia conduzido o menino para fora da sala “para amenizar a situação”. Ele, no entanto, contesta a versão e afirma que o filho foi arrastado à força.

Segundo o boletim de ocorrência, o professor negou ter agido com violência e afirmou que apenas segurou o aluno pelo braço e o levou até a porta para “preservar o bem-estar dele”, já que havia desentendimentos anteriores entre os estudantes.

O professor foi conduzido à Delegacia de Polícia Civil para prestar esclarecimentos e foi liberado. O Diário do Estado entrou em contato com a direção da Escola Municipal Angelita Gomes, a Secretaria Municipal de Educação de Formiga e a Prefeitura, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.

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CÂMERA DA ESCOLA REGISTROU A INTERVENÇÃO DO PROFESSOR

O pai disse que conseguiu, com ajuda de um advogado, a imagens de câmeras de monitoramento que mostram o momento da agressão. O Diário do Estado não teve acesso ao vídeo, que foi entregue à Polícia Civil.

> “Quando vimos as imagens, foi chocante. A agressão aconteceu bem debaixo da câmera. Só conseguimos o vídeo depois que um advogado interveio, porque a escola não quis liberar de imediato”, afirmou Marley.

Ainda segundo Marley, a direção registrou o caso em ata, mas sem mencionar qualquer violência.

“A direção não mencionou nenhuma agressão e nem que meu filho tinha sido retirado à força. Chegando em casa, questionei o meu filho e ele contou que havia sido jogado no chão e que o professor mandou ele sair, mas ele respondeu que não sairia porque não tinha feito nada de errado. Não duvidei do meu filho em momento nenhum”, relatou Marley.

Diante disso, Marley disse que voltou à escola para exigir explicações e transparência.

“Fui novamente à escola, extremamente nervoso, e pedi que fossem honestas conosco. Nesse momento acionei a PM, e a direção retornou acompanhada da secretária de Educação. Quando começamos a questionar, elas mudaram a versão, dizendo que o professor apenas pegou o meu filho pelo braço. Uma atitude monstruosa. O professor fez o que fez e ainda saiu dali para dar aula em outra escola”, disse.

O pai afirma ainda que a escola foi negligente no atendimento ao menino após o episódio.

“Além do que esse professor fez, quero relatar a negligência da escola, porque não foi dado nenhum atendimento ao meu filho. Deveriam ter levado ele ao hospital, e a escola negligenciou isso. Me relataram depois que as próprias funcionárias da escola fizeram avaliação nele”, contou.

Segundo Marley, a Secretaria Municipal de Educação informou a ele que o professor seria suspenso, mas ele continuou dando aulas em outra escola da rede. O pai disse ainda que fez uma representação no Ministério Público e aguarda providências.

> “Depois que fizemos o boletim de ocorrência, a Secretaria falou que o professor seria suspenso, mas ele foi dar aula em outra escola. Eu fiz uma representação no MP e estou esperando a Justiça ser feita”, completou.

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