Risco de atentado: Moraes mantém prisão por bomba em Aeroporto Brasília 2022

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Moraes mantém prisão de homem condenado por armar bomba no Aeroporto de Brasília em 2022

Atentado foi interceptado na véspera do Natal, duas semanas antes da posse de Lula; três foram condenados. Eles chegaram a ir para o semiaberto, mas foram presos novamente por descumprir cautelares.

1 de 1 Alan Diego dos Santos, condenado por tentativa de atentado, em foto de 2023 — Foto: TV Globo/Reprodução

Alan Diego dos Santos, condenado por tentativa de atentado, em foto de 2023 — Foto: TV Globo/Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu nesta quarta-feira (8) manter a prisão de Alan Diego dos Santos Rodrigues – um dos três condenados por planejar um atentado a bomba na entrada do Aeroporto de Brasília, em dezembro de 2022.

Alan chegou a ser solto, mas foi preso novamente em junho. No fim de setembro, a defesa de Alan dos Santos apresentou um requerimento de revogação da prisão preventiva.

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Na decisão desta terça-feira (07) Moraes acolheu os argumentos apresentados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que já tinha se manifestado favoravelmente à continuidade da detenção.

A PGR argumentou que o risco de o acusado voltar a cometer crimes enquanto estiver em liberdade, somado à gravidade dos atos praticados, são motivos suficientes para manter a prisão preventiva.

Para a Procuradoria, o fato de Alan dos Santos ter passado mais de 90 dias em prisão preventiva sem uma nova decisão judicial que estenda o prazo “não acarreta, automaticamente, a revogação da prisão preventiva, razão pela qual não há ilegalidade na permanência do réu em custódia”.

PRISÃO

Alan do Santos foi preso no dia 27 de julho, depois de um mandado de prisão preventiva expedido por Moraes.

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes entendeu que há risco de fuga ou de novas práticas criminosas.

Alan, no entendimento do ministro, descumpriu medidas cautelares, como uso de tornozeleira e comparecimento à Justiça em datas marcadas. A prisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República.

Em 2023, Alan Diego dos Santos Rodrigues foi condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão por armar uma bomba na entrada do Aeroporto de Brasília. Em 2024, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (VEP/DF) concedeu progressão ao regime aberto a Alan Rodrigues. Ele cumpria a pena em prisão domiciliar e foi transferido para a comarca de Comodoro, Mato Grosso.

Preso suspeito de colocar bomba em caminhão no aeroporto de Brasília

Além de Alan Diego dos Santos Rodrigues, também foram alvos de mandados de prisão à época:

Wellington Macedo de Souza: câmeras de uma loja e do próprio caminhão onde a bomba foi plantada mostram o momento em que o carro de Wellington se aproxima lentamente do veículo. Ele estava junto de um cúmplice, o Alan Diego dos Santos Rodrigues, que foi o responsável por colocar a bomba no caminhão.

George Washington de Oliveira: veio do Pará para Brasília participar de manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi preso ainda em 24 de dezembro, dia da tentativa de explosão de uma bomba nos arredores do Aeroporto de Brasília. De acordo com a polícia, ele foi o responsável por montar o dispositivo.

EXPLOSIVO PERTO DO AEROPORTO DE BRASÍLIA

A determinação atendeu ao pedido da PGR que denunciou e pediu a prisão dos três alvos ao STF pelos crimes de: associação criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e atentado contra a segurança de transporte aéreo.

De acordo com a Polícia Civil do DF, que conduziu a investigação, a ideia inicial dos criminosos era que o explosivo fosse colocado próximo a um poste para prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital federal.

De última hora, a decisão mudou, e o objetivo foi colocar o artefato em um caminhão carregado de querosene de aviação.

O motorista do caminhão percebeu que havia um “objeto estranho” no caminhão e chamou a Polícia Militar. A PM detonou o explosivo. O caso não impactou as operações no aeroporto.

Alan Diego dos Santos Rodrigues, o outro condenado, confessou à Polícia Civil, no dia 19 de janeiro, que recebeu a bomba no acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General do Exército.

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