Azul Linhas Aéreas enfrenta críticas por descumprimento de normas trabalhistas

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Em meio a uma crise financeira, a Azul Linhas Aéreas é alvo de reclamações de descumprimento de normas trabalhistas, precarização das condições de trabalho de pilotos e tripulantes, e queda na remuneração. O DE ouviu funcionários, o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) e teve acesso a uma ação civil pública que contesta medidas adotadas pela companhia.

O cenário atual tem levado à saída de diversos profissionais que, insatisfeitos, estariam migrando para outras empresas. Por conta do processo de recuperação judicial, aeronaves foram devolvidas e rotas canceladas, fazendo com que pilotos voassem menos.

A reportagem pediu um posicionamento à Azul sobre o assunto e aguarda resposta.

Na ação que tramita no Tribunal de Justiça do Trabalho da 15ª Região, o sindicato afirma que os funcionários vivem em “estado de prontidão”, pois são submetidos a constantes alterações de escalas de trabalho, redução de períodos de repouso e à invasão das folgas sem o consentimento deles.

Ao DE, a entidade disse, ainda, que a empresa tem submetido pilotos a jornadas exaustivas, cortes de benefícios e salários menores do que o oferecido pela concorrência.

Um piloto mencionou uma “debandada” de co-pilotos, insatisfeitos com a queda na remuneração pela diminuição de voos. Segundo ele, foram cerca de 40 saídas apenas em setembro.

Ainda de acordo com o profissional, quando a Azul operava em capacidade máxima, a remuneração desses profissionais era de 25% a 30% maior que o salário-base.

O sindicato afirma que o cenário é “um reflexo do momento vivido pela empresa em meio ao processo de recuperação judicial e a atual crise de gestão de pessoas”.

Afirmou ainda que, nos últimos anos, “houve enorme degradação nas condições de trabalho dos pilotos da Azul, que passaram a sofrer com problemas de escala que impactam a vida pessoal”, pontuou em nota.

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