O ministro Luís Roberto Barroso surpreendeu ao anunciar sua antecipada aposentadoria do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrando uma trajetória de mais de doze anos na Corte. Já desde sua saída da presidência do tribunal, a decisão vinha sendo ponderada pelo ministro, sendo agora oficializada e gerando intensa movimentação nos bastidores do governo e do Judiciário. Emocionado, Barroso fez um discurso marcante durante o anúncio, sendo aplaudido de pé pelos demais ministros presentes.
A aposentadoria de Barroso, prevista originalmente para 2033, deixou muitos no STF com a certeza da sua saída iminente, enquanto a futura sucessão já é tema de discussões. O ministro revelou sua intenção de realizar um ‘retiro espiritual’ em breve para definir os detalhes de sua saída, tendo comunicado sua decisão ao presidente Edson Fachin e a ministros do STJ. Indicado por Dilma Rousseff em 2013, Barroso marcou sua passagem pela Corte com decisões importantes sobre direitos fundamentais e causas constitucionais.
Dentre os casos de grande impacto que relatou, estão a suspensão de despejos durante a pandemia e a limitação do foro privilegiado. Além disso, liderou julgamentos relevantes, como as execuções no caso do mensalão e a condenação de envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro. O anúncio da aposentadoria já movimenta os planos para a sucessão, com nomes como Jorge Messias e Rodrigo Pacheco sendo cogitados como possíveis substitutos.
Natural de Vassouras, Barroso acumulou uma carreira sólida antes de integrar o STF, com formação em instituições renomadas como a Universidade de Yale e a Universidade de Harvard. Seu legado no tribunal será lembrado por sua atuação em casos emblemáticos, como piso salarial da enfermagem e a proteção aos povos indígenas. Agora, a Corte se prepara para uma nova era, com a missão de escolher um sucessor à altura de Barroso e seus feitos durante seu tempo no STF.