Os envenenamentos em série cometidos por Ana Paula Fernandes chocaram o país. A estudante de Direito, de 35 anos, foi presa em setembro deste ano, em São Paulo, sob a acusação de matar quatro pessoas por envenenamento. Os crimes ocorreram em lugares diferentes, sendo um deles no Estado do Rio de Janeiro, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e os outros três em São Paulo, na capital e em Guarulhos. A prisão de Ana Paula aconteceu após a captura de Michelle Paiva da Silva, acusada de matar o próprio pai com a ajuda da estudante de Direito.
Entre os homicídios atribuídos a Ana Paula, está o de Marcelo Hari Fonseca, de 51 anos, em Guarulhos. O corpo de Marcelo foi encontrado em avançado estado de decomposição e, inicialmente, a causa da morte foi considerada indeterminada. No entanto, após o pedido de desarquivamento do caso feito pela filha da vítima, Giuliana Santana Fonseca, Ana Paula confessou o assassinato. Outra vítima foi Maria Aparecida Rodrigues, que foi encontrada morta em sua casa, em Guarulhos, sem sinais de violência. A filha da vítima afirmou que a mãe saiu com Ana Paula na noite anterior à morte.
Neil Corrêa da Silva também foi assassinado e investigações apontaram a participação de Ana Paula e de sua irmã, Roberta, no planejamento do crime. Segundo a polícia, as mensagens entre as irmãs revelam o planejamento do homicídio, com codinomes e orientações sobre o pagamento e a execução. Além disso, Hayder Mhazres, um tunisiano de 21 anos, foi a última vítima atribuída a Ana Paula. Ele morreu em um condomínio em São Paulo e havia relatado a amigos que não havia tido relações sexuais com a estudante de Direito, que dizia estar grávida dele.
Os envenenamentos cometidos por Ana Paula Fernandes chocaram a população e levaram à prisão de Michelle, filha de uma das vítimas. A estudante de Direito admitiu ter dado comida envenenada a Neil, além de ser apontada como a última pessoa a ver outras vítimas com vida. As investigações continuam em andamento e as autoridades buscam esclarecer todos os detalhes desses crimes hediondos. A prisão de Ana Paula e de sua cúmplice, Michelle, trouxe justiça e alívio às famílias das vítimas, que agora esperam por um desfecho justo e adequado para esses casos de envenenamentos em série.