A dívida do Corinthians segue em crescimento e alcançou o patamar de R$ 2,7 bilhões. A informação consta no balancete financeiro de julho, divulgado pelo clube nesta sexta-feira. De tudo que o Corinthians tem que pagar, R$ 655 milhões são referentes ao financiamento da Neo Química Arena. O restante é de obrigações do clube, como impostos, empréstimos, pendências com outros clubes e direitos de imagem de jogadores. O balancete também mostra que, até julho, o Corinthians registrou déficit de R$ 103 milhões. A previsão do clube é terminar 2025 com um resultado financeiro negativo em R$ 83,3 milhões.
O resultado operacional (sem considerar despesas financeiras, amortizações e depreciações) foi de apenas R$ 3 milhões de déficit. Porém, o Timão teve um gasto de mais de R$ 121 milhões com juros. O clube social segue no vermelho e teve, até julho, um resultado operacional negativo de R$ 26,5 milhões. Já o departamento de futebol teve um superávit de R$ 13 milhões. Na semana passada, o Corinthians criou um comitê de planejamento estratégico e reestruturação financeira para, segundo o presidente Osmar Stabile, “garantir o equilíbrio financeiro e a sustentabilidade a longo prazo” do clube. O grupo estará diretamente subordinado à Presidência e auxiliará a Diretoria Financeira com medidas que possam melhorar a gestão, reduzir despesas e aumentar receitas, com um olhar mais técnico sobre o mercado financeiro.
O Corinthians tem um transfer ban em vigor desde 12 de agosto, em razão de uma dívida de cerca de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México, pela compra de Félix Torres. Há uma segunda proibição de registro de jogadores a caminho, porque a Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) negou um recurso do Corinthians e condenou o clube a pagar R$ 41,3 milhões a Matías Rojas. Se não houver pagamento ou acordo com o jogador, o time receberá o segundo transfer ban. Há ainda quatro condenações na Fifa que estão sob análise do CAS. Em meio a esse cenário de desafios financeiros, o Corinthians busca soluções para equilibrar suas contas e evitar novas restrições que impactem negativamente o desenvolvimento esportivo da equipe.