Casa de Bariani Ortêncio à venda reúne arquitetura modernista e acervo cultural
raro em Goiânia
Imóvel de 800 m² próximo à Praça Cívica foi projetado por Eurico Godoi e guarda
milhares de livros sobre Goiás.
À venda por R$ 5,9 milhões, a casa onde viveu o escritor e folclorista Bariani
Ortêncio desde 1969 guarda um legado que vai além das memórias pessoais. O sobrado
modernista, erguido em um terreno de mais de mil metros quadrados, reúne
características únicas da arquitetura assinada por Eurico Calixto de Godoi,
responsável também por projetos como o do Parque Mutirama.
1 de 1 Bariani Ortencio e a casa do Setor Sul, em Goiânia — Foto: Paula
Resende/DE e Fábio Lima/O Popular
Bariani Ortencio e a casa do Setor Sul, em Goiânia — Foto: Paula Resende/DE e
Fábio Lima/O Popular
ACERVO E PRESERVAÇÃO
No interior do imóvel, o destaque é a biblioteca formada ao longo de décadas
pelo escritor. A estimativa da família é de que o acervo ultrapasse dez mil
livros, entre eles mais de três mil títulos dedicados exclusivamente a Goiás.
Raridades, discos, fotografias e objetos pessoais completam o ambiente, que
durante anos recebeu artistas, intelectuais e políticos em encontros promovidos
por Bariani.
DETALHES DA RESIDÊNCIA MODERNISTA DE BARIANI ORTÊNCIO
Casa de Bariani Ortencio — Foto: Divulgação/Viva Real
Casa de Bariani Ortencio — Foto: Divulgação/Viva Real
Casa de Bariani Ortencio — Foto: Divulgação/Viva Real
Casa de Bariani Ortencio — Foto: Divulgação/Viva Real
Casa de Bariani Ortencio — Foto: Divulgação/Viva Real
Casa de Bariani Ortencio — Foto: Divulgação/Viva Real
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Casa de Bariani Ortencio — Foto: Divulgação/Viva Real
Casa de Bariani Ortencio
Casa de Bariani Ortencio
Casa de Bariani Ortencio
Casa de Bariani Ortencio
Casa de Bariani Ortencio
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Com quatro quartos – três deles suítes – e seis banheiros, a residência mantém
boa conservação estrutural e já foi descrita pela família como “muito sólida”.
Além do valor cultural, o imóvel tem importância afetiva: foi sede do Instituto
Bariani Ortêncio e ponto de visita de alunos, pesquisadores e curiosos
interessados na cultura goiana.
Apesar da intenção inicial dos herdeiros de transformá-la em memorial, a demora
nas negociações com o poder público levou à decisão de colocá-la no mercado. O
temor é de que, em uma venda particular, parte desse patrimônio seja
descaracterizado. “É a memória da cidade e um marco arquitetônico. A gente luta
para que permaneça pelo legado dele e pela importância para Goiânia”, destacou o
genro Beto Selva.
