Montagem da tubulação para megaobra inédita no Brasil começa em SC
Serviço será feito em Itapoá, cidade com a maior extensão litorânea do estado e
que registra erosão marítima. Nas próximas semanas, a tubulação será posicionada
dentro do mar para processo de dragagem.
Começa montagem da tubulação em praia de SC para megaobra inédita no Brasil
Começa montagem da tubulação em praia de SC para megaobra inédita no Brasil
Começou neste sábado (11) a montagem da tubulação para a megaobra
que
vai ampliar em pelo menos 30 metros a faixa de areia em Itapoá, no Norte de Santa
Catarina. Posteriormente, haverá a etapa de dragagem, para o alargamento.
O novo serviço será inédito no país. O início da dragagem é possível devido à
autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama), informou a empresa belga responsável pelos trabalhos.
A tubulação terá extensão de 400 metros. Neste sábado, ela está sendo
posicionada na região da praia Pontal do Norte (entre as Ruas 2440 Itaitaba e
2520 Cavatã).
Nas próximas semanas, dependendo das condições climáticas, a tubulação será
posicionada dentro mar para, em conjunto com a draga, iniciar o processo de
dragagem e engorda da faixa de areia.
Além disso, começa uma movimentação de caminhões e contêineres. De acordo com a
empresa, a logística está sendo pensada para que os trabalhos interfiram o menos
possível na área de movimento de turistas.
ENTENDA A OBRA
O trabalho, realizado por meio de uma parceria entre o governo estadual e a
iniciativa privada, prevê a retirada de 12,5 milhões de metros cúbicos de areia
do fundo da Baía da Babitonga. Desse total, 6,4 milhões serão depositados na orla de Itapoá, que sofre com a
erosão causada pelo mar.
O restante será transportado para uma área de descarte em alto-mar, conhecida
como “bota-fora”. A draga usada, a mesma dos trabalhos de alargamento da Praia
Central de Balneário Camboriú, é do tipo
hopper e tem capacidade de cisterna de 18 mil m³.
A intervenção é realizada no Porto de São Francisco do Sul, em
parceria com o Porto Itapoá. A expectativa é que o alargamento ajude a conter a
erosão marítima e beneficie tanto a operação portuária quanto o uso da faixa de
areia pelos banhistas.
O ineditismo da obra é que o alargamento de praia será a partir da areia
retirada da dragagem de um canal.
NAVIOS MAIORES E ENGORDAMENTO
A obra de dragagem, que vai custar cerca de R$ 324 milhões, pretende
aumentar a profundidade do estuário que dá acesso aos portos de Itapoá e São
Francisco do Sul, permitindo a operação de navios maiores, com até 366 metros de
comprimento. Atualmente, o limite é de embarcações de até 336 metros.
Já o projeto de alargamento da faixa de areia vai ampliar a área disponível para
os banhistas, ao longo de cerca de 10 quilômetros, entre a região da Figueira e
o Balneário Princesa do Mar. Em alguns trechos, o engordamento da faixa pode
chegar a mais de 100 metros.
DIFERENÇAS ENTRE OBRAS DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ E ITAPOÁ
Obra em Itapoá
6,4 milhões de metros cúbicos de sedimentos depositados na orla;
sedimentos retirados da dragagem do canal da Baía da Babitonga;
obra vai ampliar em pelo menos 30 metros a faixa para banhistas, em uma
extensão de cerca de 10 quilômetros, entre a região da Figueira e o Balneário
Princesa do Mar;
Obra em Balneário Camboriú
2,5 milhões de metros cúbicos foram depositados na orla da praia, segundo
a prefeitura;
sedimentos retirados de jazidas submarinas
com uma grande draga;
faixa de areia da Praia Central passou de uma média de 25 metros para 70
metros.




