Pró-hiper reabre após abrigar funcionários de restaurante interditado em Mogi das Cruzes
Cerca de 100 trabalhadores deixaram o local na terça-feira (7). Abrigo dentro do Pró-Hiper foi desmontado e a área preparada para a retomada das atividades esportivas nesta segunda-feira (13).
PróHiper é reaberto após abrigar funcionários de restaurante interditado pela vigilância
As atividades realizadas no Pró-Hiper, no Mogilar, em Mogi das Cruzes, retornam a partir desta segunda-feira (13). O local suspendeu o funcionamento para abrigar os funcionários de um restaurante da cidade, que foram resgatados de um alojamento sem condições de moradia.
De acordo com a Prefeitura de Mogi das Cruzes, os cerca de 100 trabalhadores deixaram o abrigo na terça-feira (7). Eles foram para diferentes locais, conforme decisão pessoal de cada um e acordo feito com o proprietário do estabelecimento.
O alojamento na Ponte Grande, onde viviam cerca de 170 funcionários, foi interditado no dia 4 de outubro. O local era mantido pelo próprio restaurante. Parte deles foi para o Pró-Hiper. Nesse mesmo dia, o restaurante também foi interditado.
A Polícia Civil investiga se os cerca de 170 funcionários de um restaurante de Mogi das Cruzes viviam em condições análogas à escravidão. O Ministério Público do Trabalho recebeu uma denúncia formal referente ao restaurante “A Fazenda”.
Segundo o MP, a denúncia aponta graves irregularidades trabalhistas envolvendo cerca de 170 trabalhadores, a maioria oriunda do estado de Pernambuco, recrutados com promessas de emprego formal, alojamento e alimentação.
Nas redes sociais, o “Restaurante da Fazenda – Mogi das Cruzes” publicou uma nota informando que a suspensão temporária das atividades decorre de um mal-entendido externo, alheio à operação do restaurante. O estabelecimento informou ainda que já tomou todas as providências para esclarecer os fatos junto às autoridades competentes.
Segundo a Prefeitura, com o encaminhamento dos funcionários, o abrigo dentro do Pró-Hiper foi desmontado e a área preparada para a retomada das atividades esportivas. Os funcionários estão alojados em lugares temporários, com alguns retornando para suas casas por decisão própria e outros recebendo atendimento da equipe de Assistência Social.
No dia 4 de outubro, a Prefeitura de Mogi das Cruzes descobriu, após casos de intoxicação alimentar entre funcionários do local, que eles viviam em um alojamento sem condições de moradia, mantido pelo restaurante. O estabelecimento foi interditado, pois os trabalhadores diagnosticados com intoxicação manipularam os alimentos que seriam servidos aos clientes. A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que cerca de 100 homens estariam instalados no alojamento masculino que foi interditado. Além disso, quatro mulheres solicitaram atendimento à Prefeitura e a Vigilância Sanitária solicitou melhorias na instalação do alojamento feminino.
A situação revela a importância da fiscalização e manutenção de condições adequadas de trabalho para evitar casos de exploração e más condições de alojamento. A Prefeitura de Mogi das Cruzes tem atuado para garantir a segurança e bem-estar dos trabalhadores resgatados e buscar responsabilidades sobre as irregularidades encontradas.