Em cinco meses, a estudante Ana Paula Veloso Fernandes envenenou e matou o dono de um imóvel, uma amiga que conheceu num aplicativo de relacionamentos, um idoso pai de uma ex-colega de faculdade e um namorado tunisiano. É o que aponta a investigação da Polícia Civil de São Paulo sobre a “serial killer”. Universitária está presa, juntamente com sua irmã gêmea e a filha de uma das vítimas, suspeitas de a ajudarem a envenenar as pessoas.
Durante as investigações, a polícia concluiu que a universitária matou Marcelo Hari Fonseca, dono do imóvel, e Maria Aparecida Rodrigues, uma amiga virtual, em Guarulhos. Também foi responsável pela morte de Neil Corrêa da Silva, pai de uma ex-colega e residente de Duque de Caxias (RJ), bem como de Hayder Mhazres, seu namorado nascido na Tunísia. Todos esses crimes foram cometidos sob o crime de envenenamento.
A polícia apontou que Ana Paula contou com a ajuda de sua irmã gêmea e da filha de uma das vítimas para executar os homicídios. As três mulheres envolvidas nos assassinatos estão detidas. A universitária de 35 anos foi presa em julho, enquanto sua irmã Roberta Cristina Veloso Fernandes, de 35 anos, foi detida em agosto. Michelle Paiva da Silva, filha de uma das vítimas, foi presa recentemente.
A Promotoria afirma que Ana Paula contou com a cumplicidade de Roberta para envenenar e matar todas as quatro vítimas. Michelle, por sua vez, teria participação no assassinato do próprio pai, Neil, pagando às irmãs para cometer o crime. O objetivo das acusadas, segundo a denúncia, era ficar com os bens e dinheiro das vítimas.
A “serial killer” é ré na Justiça pelos quatro homicídios, enquanto sua irmã ainda não foi denunciada, mas deverá responder pelas mortes também. As investigações continuam, aguardando os resultados dos exames periciais para identificar a substância usada nos envenenamentos. Os corpos de três vítimas foram exumados para análise. A polícia procura por mais possíveis vítimas e as três presas permanecem sob investigação.
Ana Paula está detida preventivamente em São Paulo, enquanto Roberta e Michelle estão temporariamente em presídios de Guarulhos. As defesas das três não foram localizadas para comentar o caso. A “serial killer” enfrenta acusações graves e o desdobramento deste caso chocante continua a ser investigado minuciosamente pela Polícia Civil e Ministério Público.
