A violência doméstica e o feminicídio são tristes realidades que ainda assolam a sociedade, como o caso da frentista Emiliane Veríssimo, morta a tiros pelo ex-companheiro Flávio Coelho em um posto de combustíveis em Agrestina, no Agreste de Pernambuco. Segundo relatos obtidos pela imprensa, o relacionamento entre os dois era marcado por agressões, ameaças e abusos, levando a vítima a pedir medidas protetivas na Justiça contra o agressor.
A história de Emiliane e Flávio revela um ciclo de violência comum em muitos casos de violência doméstica, onde o agressor alterna momentos de agressão com pedidos de desculpas e tentativas de reconciliação, mantendo a vítima presa nesse ciclo de abusos. Mesmo após o término da relação, o ex-companheiro insistia em reatar, aumentando ainda mais a pressão sobre a frentista e sua filha, fruto do relacionamento conturbado.
A gravidade da situação levou Emiliane a buscar ajuda e registrar um boletim de ocorrência no dia 7 de setembro, solicitando medidas protetivas contra Flávio. O documento revela que a vítima já havia denunciado o agressor anteriormente, relatando um histórico de ciúmes e agressões. Mesmo assim, o ciclo de violência persistiu, culminando no trágico desfecho no posto de combustíveis em Agrestina.
As ameaças constantes feitas por Flávio revelam a gravidade do caso, com mensagens intimidadoras e agressivas enviadas via WhatsApp. A falta de acolhimento e proteção adequada às vítimas de violência doméstica destaca a urgência de ações efetivas por parte das autoridades e da sociedade como um todo para coibir e prevenir casos como o de Emiliane, que teve sua vida ceifada por um crime brutal.
Diante de situações de violência contra a mulher, é fundamental conhecer os canais de denúncia e proteção disponíveis. Em Pernambuco, a Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas por dia pelo telefone 180, enquanto a Polícia Militar pode ser contatada pelo 190 em casos de emergência. Além disso, o Disque-Denúncia e o Ministério Público estão preparados para receber denúncias e oferecer suporte às vítimas, reiterando a importância da denúncia e do combate à violência de gênero.
O caso de Emiliane Veríssimo serve como alerta para a urgência de ampliar o acesso das mulheres a mecanismos de proteção e apoio, fortalecendo a rede de enfrentamento à violência doméstica e garantindo a segurança e integridade das vítimas. A conscientização, a educação e a atuação conjunta de órgãos públicos e da sociedade civil são essenciais para romper o ciclo de violência e prevenir novas tragédias como a que vitimou a frentista em Agrestina. Vamos juntos lutar por um mundo onde todas as mulheres possam viver livres de violência e medo, em respeito à sua dignidade e direitos fundamentais.




