Gilberto Gil e família acusam padre de incitação ao racismo em processo aberto após religioso debochar de orações para Preta Gil
Um processo foi oficialmente protocolado nesta terça-feira (14) contra o padre paraibano, Danilo César, na Justiça do Rio de Janeiro. O músico baiano, Gilberto Gil, pede uma indenização de R$ 370 mil por danos morais.
Padre que debochou de orações de Gilberto Gil para Preta pode ser proibido de rezar missas.
Gilberto Gil e a família acusam o padre paraibano, Danilo César, de incitar o racismo com falas que debocharam de orações pela saúde de Preta Gil. A artista faleceu em julho em decorrência de um câncer.
Os advogados de Gil argumentam que as liberdades públicas não consagram o “direito à incitação ao racismo”. Além disso, pontuam que qualquer incitação ao ódio público não se enquadra nos limites da liberdade de expressão.
A ação promovida pela família de Preta Gil alega que a declaração do padre ofendeu todos os parentes da artista. Além de causar dano à honra e à memória de Preta Gil.
Caso o padre Danilo César seja condenado pelos crimes de intolerância e racismo religioso, ele pode ser proibido de rezar missas, conforme a Lei Caó, que pune discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
O pároco de Areial (PB) debochou da morte de Preta Gil após uma oração feita por Gilberto Gil aos orixás, em uma missa na Paróquia São José, em Areial, no interior da Bahia.
Gilberto Gil notificou extrajudicialmente a Diocese de Campina Grande e o padre há cerca de um mês. Após 15 dias da notificação e sem manifestação pública ou retratação, o músico decidiu formalizar o processo.




