Manejo prático gera alta adesão ao protocolo de Nutrimaturação da manga
Dosagem depende da situação da planta, que deve ser analisada.
Plantas tratadas com protocolo de Nutrimaturação (à esquerda) são visivelmente
mais saudáveis que as tratadas com protocolo tradicional (à direita) — Foto:
Acervo/Seiva do Vale
A aplicação do protocolo de Nutrimaturação da manga é desenhada para ser prática
e acessível a todos os produtores, com estratégias de manejo que combinam
observação e ferramentas simples. O manejo, que se inicia após a aplicação do
PBZ, cerca de 45 dias depois, estendendo-se até 80 a 90 dias pós-PBZ.
Contudo, a equipe técnica da Seiva do Vale ressalta que o número de aplicações
não é fixo: ele é flexível e ajustado de acordo com a real necessidade da planta
e o estágio de maturação do ramo.
A proposta foi planejada pela equipe técnica da Seiva do Vale com produtos da
Compo Expert, a partir da percepção de que não era necessário esperar tanto
tempo quando era o comum para fornecer uma nutrição eficaz, integrando
microelementos de qualidade desde as fases iniciais.
Avaliação da planta
Para auxiliar os produtores na identificação do ponto ideal de maturação,
existem métodos de avaliação eficazes. O primeiro é visual: uma planta bem
maturada exibe sinais claros como a coloração verde-escura e a qualidade geral
da folha.
Adicionalmente, um teste de campo simples, porém crucial, pode ser realizado:
cortar o ramo ao meio e aplicar iodo. A reação do iodo com a concentração de
amido presente no ramo revela um centro mais escuro, um dos indicativos que o
broto está fisiologicamente pronto para a indução floral. Essa ferramenta
permite que qualquer produtor verifique o estágio de maturação sem a necessidade
de análises laboratoriais complexas, complementando a observação visual.
Irrigação controlada
Outro aspecto vital do manejo é o controle da irrigação. Durante a
Nutrimaturação, a água é diminuída gradativamente para induzir um estresse
controlado na planta, sem maltratá-la, diferentemente de métodos antigos que
eram mais agressivos.
Essa abordagem mais adequada, combinada com o uso de produtos específicos,
demonstra o avanço nas técnicas de cultivo. A adesão dos produtores do Vale do
São Francisco tem sido extremamente positiva, com produtores de pequeno, médio e
grande porte já integrando o protocolo em suas práticas. Regiões como Maniçoba,
notória pela produção de manga, já testemunham a ampla utilização e a comprovada
efetividade comercial de produtos como o Hakaphos Base da Compo, solidificando a
nutrimaturação como um pilar essencial na construção de colheitas de sucesso.




