Uma operação realizada pela Polícia Civil do Ceará resultou na prisão de 30 integrantes envolvidos com a venda ilegal de medicamentos controlados, conhecidos como “tarja preta”, e antibióticos. A ação, denominada de “Operação Humanidade Eterna”, também resultou na apreensão de aproximadamente 200 caixas de remédios de procedência duvidosa. Essa operação revelou a atuação de um braço especializado do grupo no comércio ilegal de medicamentos.
A investigação teve início em 2024, a partir da análise de celulares apreendidos de criminosos. As escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, inicialmente direcionadas para investigar homicídios e tráfico de armas do Comando Vermelho, desvendaram a atuação do grupo envolvido na comercialização ilegal de medicamentos psicotrópicos e abortivos. O delegado Rômulo Melo destacou que durante a interceptação foi identificado um braço do grupo responsável por essa prática criminosa.
De acordo com as investigações, os medicamentos eram comercializados em feiras livres de Fortaleza e Caucaia, além de fornecer os produtos para estabelecimentos comerciais. Até o momento, sabe-se que os remédios eram vendidos nas feiras de Fortaleza, e inclusive, em algumas farmácias da região. Um dos alvos da operação é o proprietário de uma farmácia em Aquiraz, onde foi realizada uma busca e apreensão.
Na operação dessa quinta-feira, 30 pessoas foram presas, sendo 25 em cumprimento a mandados de prisão e cinco que já estavam no sistema prisional, mas tiveram a prisão decretada por envolvimento no esquema. A ação mobilizou mais de 200 policiais e os mandados foram cumpridos em diversas cidades do estado do Ceará. A polícia ainda não determinou o valor total dos medicamentos apreendidos, porém ressaltou que os remédios para TDAH somam cerca de R$ 50 mil.
Entre os medicamentos apreendidos estão os de tarja preta, remédios para TDAH, antibióticos, e uma quantia em dinheiro em espécie. O delegado Romulo Melo enfatizou que os investigados são membros de uma organização criminosa, com divisões de tarefas especializadas em diferentes crimes. Essa operação evidencia a complexidade das atividades ilegais realizadas por facções criminosas na região, englobando comércio ilegal de medicamentos, tráfico de drogas, e outros crimes patrimoniais.




