Intoxicação por Metanol: Ministério confirma 47 casos no Brasil

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Intoxicação por metanol: Brasil tem 47 casos confirmados, diz ministério

São Paulo, Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul são os estados que registraram
casos confirmados de intoxicação pela substância.

O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (20) uma nova atualização
sobre os casos de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas
adulteradas.

Até agora, o país soma 104 notificações:

– 47 confirmações,
– e 57 investigações em andamento

Outras 578 ocorrências foram descartadas.

Os casos confirmados estão distribuídos por quatro estados:

– São Paulo (38),
– Paraná (5)
– Pernambuco (3)
– e Rio Grande do Sul (1).

Entre os casos ainda sob investigação, a maioria também é de São Paulo, que
concentra 19 registros.

Na sequência aparecem Pernambuco (26), Rio de Janeiro (2), Piauí (3), Mato
Grosso do Sul (1), Goiás (1), Paraná (2), Bahia (1), Minas Gerais (1) e
Tocantins (1).

O levantamento aponta ainda seis mortes confirmadas em São Paulo, duas em Pernambuco e uma no Paraná.
Outros 7 óbitos estão sob investigação: 1 na Paraíba, 1 no Paraná, 1 em Mato
Grosso do Sul, 3 em Pernambuco e 1 em São Paulo.

TRATAMENTO DA INTOXICAÇÃO

O Ministério da Saúde e a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB)
divulgaram recentemente orientações para os profissionais de saúde sobre como
identificar e tratar casos de intoxicação por metanol.

As recomendações surgem após o aumento de registros de casos ligados ao consumo
de bebidas alcoólicas adulteradas. É esperado que médicos e unidades de saúde:

– reconheçam precocemente os sintomas de intoxicação por metanol,
– administrem etanol (ou fomepizol) como antídoto o quanto antes,
– encaminhem os casos graves para UTI e
– notifiquem imediatamente as autoridades de saúde.

MINISTÉRIO AMPLIA REDE DE APOIO PARA CONFIRMAR CASOS

Na última segunda, o Ministério da Saúde também anunciou novas medidas para reforçar o apoio ao estado de São Paulo na confirmação dos casos suspeitos de intoxicação por metanol.

> “Uma das ações que discutimos é apoiar o estado a fazer mais rapidamente a confirmação ou o descarte dos casos”, disse o ministro Alexandre Padilha.
> “Discutimos na sala de situação medidas para confirmar mais rapidamente.”

O governo montou uma sala de situação para acompanhar a evolução dos casos e
definir estratégias de resposta.

Para agilizar os diagnósticos, o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp vai ampliar a capacidade de análises e passa a integrar a
rede de laboratórios de referência. A unidade poderá fazer até 190 exames por
dia.

A Fiocruz também colocará seu laboratório à disposição dos estados. Com isso, o
governo espera montar uma estrutura permanente para análise de casos de
intoxicação química, não só durante o surto atual.

O ministro também anunciou a chegada do fomepizol, medicamento importado que
bloqueia a ação tóxica do metanol no organismo. O lote virá dos Estados Unidos
ainda nesta semana e será distribuído para centros de toxicologia em todo o
país.

Cada paciente adulto pode precisar de duas a quatro ampolas do remédio.

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