Após 200 anos sem ser vista, arara-canindé volta a voar nos céus do Rio após um trabalho dedicado do Refauna na Floresta da Tijuca. A reintrodução dessas aves na natureza não apenas contribui para a recuperação ambiental, mas também auxilia na dispersão de sementes, promovendo o equilíbrio ecológico da região.
Depois de dois séculos ausentes dos céus cariocas, as araras-canindés estão prestes a retornar à natureza. Retiradas de cativeiros ilegais, onde foram vítimas de maus-tratos, as aves passam por um processo de readaptação no Parque Nacional da Tijuca, na Zona Norte do Rio, como parte do projeto Refauna.
Quatro araras agora habitam um viveiro no parque desde junho, recebendo cuidados diários e treinamento para sua futura liberdade. A coordenação de reintrodução do Refauna, representada por Lara Renzetti, destaca o treinamento contínuo para garantir a boa condição física das aves e prepará-las para a vida selvagem.
O processo de reintrodução inclui atividades físicas e uma alimentação especial para estimular o comportamento natural das araras. Voluntários como Miguel Alvarenga acompanham de perto o desenvolvimento das aves, testemunhando sua evolução ao longo do tempo.
As araras-canindés desempenharão um papel crucial na regeneração da floresta, auxiliando na dispersão de sementes e contribuindo para o crescimento de novas árvores. A importância desse trabalho é evidenciada pela interação entre as aves e a natureza, como no caso dos jabutis que também foram reintroduzidos pelo Refauna.
Com a expectativa de devolver cinquenta araras-canindés à natureza nos próximos seis anos, o Refauna planeja uma soltura inicial em dezembro, marcando um marco significativo na história ambiental do Rio. A reintrodução dessas espécies extintas é um passo crucial para a preservação da biodiversidade e o restabelecimento do equilíbrio ecológico na região.




