Professor do Paraná mostra arma falsa para ameaçar alunos depois de ser atingido por bolinha de papel, diz Polícia Civil
Um professor de artes, de 61 anos, utilizou uma arma falsa para ameaçar alunos depois de ser atingido por uma bolinha de papel. O incidente ocorreu durante as aulas de uma turma do sétimo ano do ensino fundamental em um colégio estadual de Iporã, localizado no noroeste do Paraná. Ele está sob investigação pela Polícia Civil (PC-PR) por ameaça, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, e por submeter crianças ou adolescentes sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou constrangimento.
O professor foi afastado de suas funções por 90 dias, a pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Seu nome não foi divulgado, e os esforços estão sendo realizados para localizar sua defesa. Segundo o promotor Felipe Rocha e Silva, o afastamento visa preservar as investigações em curso e proteger a integridade física e psicológica dos estudantes. Caso a determinação não seja cumprida, o professor pode ser preso preventivamente.
A Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) afirmou que o professor permanece afastado de suas funções no Colégio Estadual de Iporã desde o ocorrido. A pasta reiterou que cumprirá integralmente as decisões e orientações do Ministério Público do Paraná. O Núcleo Regional de Educação de Umuarama também foi notificado sobre a liminar para adotar medidas, incluindo a substituição do docente nas turmas em que lecionava, garantindo o direito à educação dos estudantes.
Duas armas falsas foram apreendidas na casa do professor, após o caso ter sido reportado à Polícia Civil por pais de alunos. O boletim de ocorrência foi registrado em setembro, e os estudantes relataram que o professor se irritou ao ser atingido por uma bolinha de papel e fez ameaças após mostrar a suposta arma que estava em sua mochila. Câmeras de segurança da sala de aula corroboraram o relato dos alunos, comprovando a conduta inadequada do professor.
Após ser questionado pelas autoridades, o professor alegou que estava apenas brincando com os alunos e que a arma era um simulacro utilizado em aulas de teatro. No entanto, quando confrontado com as imagens das câmeras de segurança, foi evidenciado que a arma mostrada era diferente. Em uma busca na casa do professor, foi encontrada a verdadeira arma falsa, um modelo de chumbinho, que ele afirmou pertencer ao seu cunhado. Todos os desdobramentos estão sendo acompanhados de perto pelas autoridades competentes.
Por fim, é importante ressaltar a gravidade desse incidente e a necessidade de garantir um ambiente seguro e saudável para o desenvolvimento educacional dos estudantes. As medidas tomadas pelas autoridades visam assegurar a integridade física e psicológica dos alunos, bem como promover a responsabilização dos envolvidos. A Educação é um direito fundamental e deve ser exercida em um ambiente que promova o respeito, a segurança e o aprendizado contínuo.




