A decisão sobre o destino de José Maria Jr., o empresário acusado de atropelar e matar a ciclista Marina Harkot em 2020, será tomada nesta quarta-feira (22) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. O réu foi condenado a 13 anos de prisão, mas o Ministério Público pede a prisão imediata e o aumento da pena para 17 anos por homicídio doloso, embriaguez ao volante e omissão de socorro.
O caso ganhou destaque nos noticiários e nas redes sociais, levando à mobilização de grupos de ciclistas e defensores da segurança viária. Marina, socióloga e pesquisadora do uso da bicicleta como meio de transporte em grandes cidades, foi vítima de um atropelamento fatal em novembro de 2020, na Zona Oeste de São Paulo.
Durante o julgamento em janeiro, a versão de José Maria foi contestada e os jurados consideraram que ele assumiu o risco de matar ao beber e dirigir em alta velocidade. O laudo da polícia indicou que o carro do acusado estava a 93 km/h, acima do limite permitido para a via, momentos antes do atropelamento.
A defesa do empresário alega que o crime foi culposo, sem intenção de matar, e busca anular a condenação. Os recursos estão sob análise na segunda instância do TJ-SP, e um procurador de Justiça fará a sustentação oral durante o julgamento. A família de Marina pede uma pena mais severa, reforçando a busca por justiça.
A morte de Marina teve impacto não apenas na família e amigos, mas também na comunidade ciclística e em defensores da mobilidade ativa. Seu legado é lembrado por iniciativas como o projeto “Pedale como Marina”, que busca conscientizar a população sobre a convivência segura entre bicicletas e veículos motorizados no trânsito.
No aguardo da decisão judicial, fica a expectativa de que o julgamento de José Maria e a busca por justiça para Marina Harkot sirvam como exemplo e contribuam para a conscientização e prevenção de tragédias no trânsito, garantindo um ambiente mais seguro para todos os usuários das vias públicas. A repercussão do caso evidenciou a importância de medidas educativas e punitivas para coibir condutas irresponsáveis ao volante e promover um trânsito mais seguro para todos.