Bancário que tinha estúdio de fotos em casa é preso por exploração sexual de adolescentes de 13 e 14 anos no PR
Investigações apontam que ele também tentava manter relações com as vítimas, e as tatuava com uma ‘marca pessoal’. DE tenta identificar defesa do suspeito.
Um bancário de 40 anos foi preso nesta terça-feira (21), em Laranjeiras do Sul, na região central do Paraná, suspeito de exploração sexual de crianças e adolescentes. Segundo a Polícia Civil, ele mantinha um estúdio de fotos em casa e tentava ter relações afetivas e sexuais com adolescentes de 13 e 14 anos de idade. As investigações também apontam que o homem tatuava uma abelha nas meninas com quem se relacionava, como uma espécie de “marca pessoal”.
Em troca, ele oferecia dinheiro e presentes às vítimas; por isso, a operação que cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra ele foi chamada de “Operação Sugar Daddy” – termo usado para se referir a homens mais velhos que mantêm um relacionamento com uma pessoa mais jovem e oferece suporte financeiro em troca da companhia.
O caso está em sigilo, por envolver crimes sexuais contra pessoas com menos de 18 anos de idade, e por isso o nome do suspeito não foi revelado. DE tenta identificar a defesa dele. As informações são do delegado Denival Barboza Liandro, responsável pelo caso. De acordo com ele, a polícia descobriu que o homem começou a abordar adolescentes há pelo menos 10 anos. Até o momento, quatro vítimas foram identificadas – mas a equipe de investigação suspeita de que mais adolescentes foram exploradas por ele.
“Houve autorização judicial para o acesso aos dados do celular de uma adolescente e a polícia conseguiu obter as conversas dela com esse sujeito. Ele tinha um relacionamento afetivo com essa adolescente, a chamava de ‘Amor’, há fotos dele deitado com a adolescente. […] O caso chama atenção para um tema cada vez mais debatido na sociedade: a adultização infantil, fenômeno em que crianças e adolescentes são expostos precocemente a comportamentos, estéticas e situações próprias da vida adulta. Esse processo pode gerar graves consequências emocionais e psicológicas, além de facilitar situações de vulnerabilidade e exploração sexual”, ressalta o delegado.
Denúncias sobre quaisquer situações podem ser repassadas de forma anônima pelos telefones 197, da Polícia Civil, ou, 181, do Disque-Denúncia. Se o crime estiver acontecendo naquele momento e/ou houver alguém em situação de perigo, a Polícia Militar deve ser acionada pelo telefone 190.




