Mulher trans brutalmente assassinada em Rio Verde: justiça precisa ser feita

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Uma mulher trans de 43 anos, que se identificava socialmente como Andressa Bernardes e tinha no registro civil o nome Rede Wagner Faria Bernardes, foi brutalmente assassinada em Rio Verde, no sudoeste de Goiás. O crime chocante ocorreu na noite de segunda-feira (20), no Bairro Monte Sinai. Segundo a Polícia Civil, após se envolver em uma confusão em um bar, ela foi perseguida, colocada à força dentro de um carro e levada a um local ermo, onde acabou sendo vítima de estrangulamento, pedradas e golpes com garrafas. Para piorar, parte do corpo ainda foi queimada.

O delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso, explicou que a confusão teve início em uma boate no Bairro Popular. “Eles estavam no cabaré com uma garota de programa e aconteceu uma confusão. O travesti jogou uma bebida na garota e saiu correndo, levando o telefone de um dos homens. Aí eles saíram atrás dela, três homens e a garota de programa, colocaram a vítima dentro do carro e tiveram a infeliz ideia de levá-la para um local ermo e fazer essa atrocidade. Foi uma bobagem, uma briga, e na sequência um furto de celular que terminou assim”, afirmou.

Quatro suspeitos foram presos pela Polícia Civil e Polícia Militar em menos de oito horas após o crime. Três deles, funcionários de uma empresa de ar-condicionado, foram encontrados em um supermercado da cidade, onde trabalhavam na manutenção. A quarta pessoa detida é uma mulher apontada como garota de programa que estava presente no local da confusão. As defesas dos acusados optaram por não se manifestar sobre o caso.

Durante as investigações, foram encontrados lençóis com vestígios de sangue dentro do veículo usado no crime, um Ford KA branco. Os quatro suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil de Rio Verde e podem ser responsabilizados por homicídio qualificado.

Andressa Bernardes era irmã do advogado Romeu Carlos Faria Bernardes, de Rio Verde. Seu falecimento mobilizou diversas entidades da cidade, incluindo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), subseção Rio Verde, que emitiu uma nota de pesar em solidariedade à família e amigos. O corpo de Andressa foi velado na Capela Pax Maurilândia em Maurilândia e sepultado no Cemitério Municipal da cidade, com a presença de familiares e amigos em um clima de profunda tristeza.

O caso continua sendo investigado pela 8ª Delegacia Regional de Rio Verde. A violência contra pessoas trans é um problema grave e recorrente, que precisa ser combatido por toda a sociedade.É fundamental que casos como esse não sejam esquecidos e que haja justiça para as vítimas e suas famílias. Junte-se ao movimento pelo respeito e igualdade, e diga não à violência e à discriminação.

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