Cinco casos de intoxicação por metanol em PE: 3 mortes e novas confirmações

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Sobe para 5 número de casos confirmados de intoxicação por metanol em PE; três
morreram

Duas irmãs consumiram uísque contaminado entre os dias 9 e 11 de outubro, em
Salgueiro, e uma delas morreu.

Diretor-geral de Informação e Vigilância Epidemiológica explica como novos casos
de intoxicação por metanol foram confirmados
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Diretor-geral de Informação e Vigilância Epidemiológica explica como novos casos
de intoxicação por metanol foram confirmados

Mais dois casos de intoxicação por metanol foram confirmados nesta quinta-feira
(23) pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). Com isso, chegou a cinco o número
de confirmações. Há três pessoas que morreram entre os pacientes.

Segundo a SES, as vítimas são duas irmãs que consumiram uísque entre os dias 9 e
11 de outubro, em Salgueiro
[https://de.globo.com/pe/petrolina-regiao/cidade/salgueiro/], no Sertão. Os
primeiros casos suspeitos de intoxicação foram registrados em 30 de setembro.
[https://de.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2025/10/12/intoxicacao-por-metanol-pe-registra-mais-quatro-casos-suspeitos-ao-todo-18-ja-foram-descartados.ghtml]

Ainda segundo a SES, uma das mulheres, de 25 anos, morreu após passar mal dois
dias depois da primeira ingestão. A outra, de 28 anos, foi internada e recebeu
alta no início desta semana. Os nomes delas não foram divulgados.

As informações foram divulgadas durante coletiva de imprensa realizada na sede
da Secretaria de Defesa Social, que reuniu representantes da Secretaria Estadual
de Saúde (SES), da Polícia Civil
[https://de.globo.com/tudo-sobre/policia-civil/] e do Instituto de
Criminalística.

Segundo os órgãos, as irmãs começaram a consumir a bebida em casa e, em seguida,
foram a um bar levando o próprio uísque.

O diretor-geral de Informação e Vigilância Epidemiológica, José Lancart,
explicou que as amostras encaminhadas ao Instituto de Criminalística confirmaram
a presença de metanol em quantidades significativas nas duas vítimas.

Ele destacou que o resultado obtido pelo IC levantou a hipótese de que a mulher
que morreu ingeriu uma quantidade muito maior da substância do que a irmã que
sobreviveu.

Pernambuco recebeu, em parceria com o Ministério da Saúde, antídotos específicos
para o tratamento clínico de pacientes com suspeita de intoxicação por metanol.
A vítima sobrevivente foi tratada com fomepizol assim que a sustância tóxica foi
confirmada em seu corpo.

> “Nós dispomos, aqui em Pernambuco, do etanol farmacêutico e do fomepizol. Essa
> segunda droga foi utilizada na vítima de Salgueiro e, sem dúvida alguma,
> desenvolveu um papel significativo na evolução clínica satisfatória desta
> paciente, inclusive com a possibilidade de ter sequelas minimizadas em
> decorrência da intoxicação por metanol”, explicou.

De acordo com o boletim mais recente da Secretaria de Saúde, Pernambuco soma 87
notificações de suspeita de intoxicação por metanol, sendo 83 de pessoas
residentes no estado e quatro de outros estados: dois de São Paulo, um da
Paraíba e um de Alagoas.

Entre os casos investigados, 60 foram descartados e cinco foram confirmados.

“Nós recebemos a notificação de dois casos de pessoas residentes no município de
Salgueiro. Um caso evoluiu para óbito, e o outro, após um período de internação,
recebeu alta. As amostras que foram coletadas e encaminhadas para o Instituto de
Criminalística constataram a presença de metanol em quantidades significativas
nessas duas pessoas”, afirmou.

O perito Rafael Arruda, do Instituto de Criminalística, explicou que os
resultados das análises em Salgueiro foram divulgados rapidamente devido à
integração entre os órgãos estaduais. Segundo ele, essa agilidade foi essencial
para salvar uma das vítimas.

“A gente já estava bem avançado, então a ligação entre a Secretaria Estadual de
Saúde com a Defesa Social foi essencial nessa tratativa. […] A vítima que
ainda estava viva, 48 horas depois que fez a ingestão do álcool, a gente
conseguiu confirmar, o que foi essencial para ela poder fazer o antídoto”,
explicou.

De acordo com ele, o uso rápido do antídoto foi determinante para evitar
sequelas graves. “Esse antídoto talvez tenha salvado a vida dela e [feito com
que ela] não tenha efeitos colaterais irreversíveis”, afirmou o perito.

OUTROS CASOS CONFIRMADOS

No dia 13 de outubro, foram confirmados os três primeiros casos no estado
[https://de.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2025/10/13/pernambuco-confirma-primeiros-casos-de-intoxicacao-por-metanol.ghtml].
Todos foram registrados no município de Lajedo
[https://de.globo.com/pe/caruaru-regiao/cidade/lajedo/], no Agreste. Dois dias
antes, um homem de 40 anos, natural de São Bento do Una, foi preso suspeito de
adulterar bebidas trazidas de São Paulo.

As três vítimas são homens. Dois deles morreram e o terceiro sofreu sequelas
oculares. Segundo o governo, foi confirmada a presença de metanol no sangue de
um dos pacientes e na bebida ingerida pelas três pessoas.

Segundo o perito Rafael Arruda, a bebida que esses homens ingeriram tinha
concentração de metanol 300 vezes acima do limite legal
[https://de.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2025/10/13/bebida-consumida-por-homens-intoxicados-tinha-300-vezes-mais-metanol-que-o-permitido-diz-perito.ghtml].
Em um dos casos, a quantidade da substância no sangue era cinco vezes maior que
o nível recomendado para iniciar o tratamento.

1 de 1 Pernambuco investiga casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado
— Foto: TV Globo/Reprodução

Pernambuco investiga casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado —
Foto: TV Globo/Reprodução

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