Polícia Civil pede suspensão das redes sociais de Capitão Hunter por acusações de exploração sexual e estupro

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Polícia Civil do Rio de Janeiro solicitou à Justiça a suspensão das contas de redes sociais do influenciador Capitão Hunter, também conhecido como João Paulo Manoel. O youtuber de 45 anos, morador de Santo André, no ABC Paulista, foi preso pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) sob acusações de exploração sexual de crianças e estupro de vulnerável. A solicitação de suspensão das contas nas redes sociais faz parte das investigações em andamento sobre o influenciador.

Durante a busca pelos perfis de João Paulo Manoel nas redes sociais, o DE encontrou mensagens como “sistema em atualização” no site oficial e “o perfil que você está procurando não existe” em sua conta no Instagram. A conta no Tik Tok, por sua vez, permanecia ativa até a publicação da reportagem. A operação conjunta das polícias civis do Rio de Janeiro e São Paulo resultou na prisão do youtuber em Santo André. A prisão temporária foi mantida em audiência de custódia realizada em São Paulo.

O influenciador, cujo site oficial estava fora do ar, é investigado por exploração sexual de crianças e estupro de vulnerável. A denúncia partiu de uma menina de 13 anos que afirmou ter tido contato com ele pela internet há dois anos. A família apresentou bate-papos e vídeos alegadamente comprometedores. A delegada Maria Luiza Machado descreveu o acusado como um abusador perigoso, capaz de atrair crianças e adolescentes para práticas libidinosas através de um perfil falso.

Capitão Hunter é conhecido por seu conteúdo voltado ao universo Pokémon e possui mais de 1 milhão de seguidores. De acordo com a polícia, ele utilizava sua popularidade para atrair crianças e adolescentes oferecendo cartas colecionáveis e bichos de pelúcia. As investigações reuniram diversos elementos, incluindo depoimentos especiais, prints de conversas e vídeos de teor sexual explícito. A polícia também obteve colaboração das plataformas e operadoras de internet para rastrear IPs e números usados nas interações.

As conversas do influenciador com a menor de idade revelam um padrão de manipulação emocional e abuso de confiança. A defesa do acusado nega as acusações e afirma que serão esclarecidas no momento oportuno. Os sinais observados pela polícia alertam para a importância da vigilância dos pais e responsáveis sobre a presença de aliciadores no ambiente digital. A análise dos equipamentos apreendidos pode revelar mais vítimas em potencial, evidenciando a relevância da investigação contínua neste caso delicado e alarmante.

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