As despesas do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), com 91 voos em jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB) somaram R$ 2,2 milhões até meados de setembro. Incluindo os nove voos do vice-presidente no exercício do cargo, as despesas ultrapassaram o montante de R$ 2 milhões, segundo relatório do Comando da Aeronáutica.
Os voos usados por Motta, muitas vezes, tinham poucos passageiros a bordo, o que levanta questionamentos sobre a necessidade e justificativa para uso dos jatinhos. Além disso, chamou atenção a existência de um serviço de “Uber” aéreo, onde Motta solicitava voos mesmo sem ter compromissos oficiais, apenas para deslocamentos pessoais.
O relatório indica que muitos dos voos foram realizados em trechos de pouca distância, o que poderia ser facilmente feito por meio terrestre. Essa prática levanta críticas, visto que o uso de aeronaves da FAB deveria ser reservado para situações oficiais e de interesse público.
Com o alto número de voos e despesas, a conduta de Hugo Motta levanta questões éticas e pode configurar mau uso dos recursos públicos. A transparência nas justificativas para cada deslocamento e o controle efetivo dessas utilizações tornam-se imprescindíveis para assegurar a correção nas práticas.
Diante da polêmica gerada pelas despesas excessivas em voos da FAB, Hugo Motta deve prestar esclarecimentos à sociedade e às instâncias responsáveis, garantindo a transparência e a respeitabilidade nas ações ligadas aos seus deslocamentos aéreos.




