O corpo da terceira jovem que desapareceu em Anguera foi identificado através da arcada dentária como Letícia Araújo Rodrigues, de 22 anos. A liberação ocorreu na manhã desta sexta-feira (24), em Feira de Santana. O Departamento de Polícia Técnica reconheceu duas das três jovens desaparecidas em Anguera.

Letícia Araújo Rodrigues, de 22 anos, foi a terceira jovem a desaparecer em Anguera, cidade localizada a cerca de 30 km de Feira de Santana, e seu corpo foi identificado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) e liberado na manhã desta sexta-feira (24), em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia. A identificação foi possível por meio de exame de raio X odontológico, de acordo com a TV Subaé.

O sepultamento de Letícia também ocorreu na manhã desta sexta-feira, no Cemitério Municipal de Anguera, onde os corpos das outras duas jovens também foram enterrados. Carol Ferreira Rodrigues, de 21 anos, e Rafaela Carvalho Santos, de 15 anos, tiveram seus corpos identificados e liberados pelo DPT no dia 15 de outubro, com base em impressões digitais.

As três amigas desapareceram no dia 6 de outubro, depois de informarem às famílias que iriam até a zona rural da cidade buscar roupas. Segundo o delegado José Marcos Rios, as três saíram praticamente no mesmo horário e mencionaram o mesmo destino, sendo que apenas duas delas estavam com celulares e não responderam ligações ou mensagens. Um total de 10 pessoas foram detidas, incluindo um adolescente, sendo nove relacionadas ao triplo homicídio.

As primeiras prisões ocorreram em 9 de outubro, quando dois homens foram presos em uma casa na zona rural de Anguera, e foram apreendidas roupas queimadas, sandálias femininas e o celular de uma das vítimas com manchas compatíveis com sangue. Os corpos foram encontrados no dia 14 de outubro em uma estrada do povoado de Guaribas, zona rural de Anguera, em uma área de mata de difícil acesso, segundo a Polícia Civil.

Juliana Araújo, mãe de Letícia, expressou sua angústia e revolta com a situação em entrevista à TV Subaé, pedindo por justiça e relatando que temia que algo pudesse acontecer com a filha. O delegado José Marcos Rios afirmou que uma das linhas de investigação aponta para a ligação do crime com o tráfico de drogas, e o diretor regional do Interior Leste (Dirpin), delegado Yves Correia, informou que várias hipóteses estão sendo analisadas, incluindo possíveis envolvimentos das vítimas com organizações criminosas da região.