Restrita Tática do PCC: desvendando a célula de elite flagrada monitorando autoridades em SP

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Tática Restrita: conheça a atuação da célula de elite do PCC flagrada monitorando autoridades em SP

De acordo com as investigações, a divisão da organização criminosa treina um grupo seleto de criminosos com armamento pesado. Esta célula estaria conectada à morte do ex-delegado Ruy Ferraz e a um plano para assassinar Lincoln Gakiya e Roberto Medina.

A Operação Recon, conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Civil de São Paulo, revelou na sexta-feira (24) um detalhado plano do Primeiro Comando da Capital para executar o promotor de Justiça Lincoln Gakiya e o coordenador de presídios Roberto Medina, responsável por unidades prisionais na Região Oeste do estado.

De acordo com as investigações, a célula de elite do PCC responsável pelo monitoramento dos passos das autoridades era conhecida como Restrita Tática. Esta célula é descrita como uma estrutura compartimentada do crime organizado, altamente disciplinada e encarregada de fazer levantamentos minuciosos da rotina de autoridades públicas e seus familiares, com o objetivo claro de planejar atentados contra estes alvos previamente selecionados.

O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, revelou a existência da Restrita Tática no mês passado. Ele afirmou que o grupo era treinado para realizar atentados contra autoridades marcadas para a morte pelo PCC.

Segundo as autoridades responsáveis pela investigação, a estrutura da Restrita Tática está relacionada ao assassinato do ex-delegado-geral de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, morto em setembro na Praia Grande. O grupo é especializado em cometer atentados contra autoridades e passa por treinamentos com diversos tipos de armamento.

Durante a Operação Recon, o Ministério Público afirmou que os criminosos da célula da facção haviam identificado, monitorado e mapeado os hábitos diários das autoridades, demonstrando o grau de periculosidade e ousadia da organização. A célula operava de forma compartimentada, tornando difícil a detecção do plano total.

As investigações revelaram que o Restrita Tática foi responsável pelo monitoramento de Lincoln Gakiya e Roberto Medina. O grupo chegou a alugar uma casa de luxo próxima à residência de Gakiya para observar a escolta de segurança do promotor em Presidente Prudente, no interior de São Paulo. O plano era atacá-lo durante o caminho para o trabalho.

O monitoramento de Roberto Medina e sua esposa durou pelo menos três meses, com a utilização de ferramentas como o Google Maps para mapear o trajeto do diretor de presídios. O levantamento da rotina de Medina e Gakiya coincidiu com a presença de suspeitos no litoral paulista, possivelmente para mapear a rotina do ex-delegado Ruy Ferraz antes da execução.

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