Guto valoriza elenco do Remo após sexta vitória seguida e relata dificuldades dos atletas: “Extremamente desgastados”
O Time azulino assumiu a vice-liderança da Série B ao bater o Cuiabá, por 3 a 1, na noite da sexta-feira, dia 24, pela 34ª rodada
O Remo [https://globoesporte.globo.com/pa/futebol/times/remo] só sabe o que é vencer desde que Guto Ferreira assumiu a equipe. No sexto jogo do técnico à beira do gramado, o time azulino venceu o Cuiabá, por 3 a 1, na casa do adversário, dono da melhor campanha como mandante (ao lado do CRB), em confronto da 34ª rodada da Série B.
Guto Ferreira, técnico do Remo, comemora gol no Re-Pa da Série B — Foto: Thiago Gomes / OLiberal
O treinador falou sobre o desafio de enfrentar a ex-equipe, comandada por ele até a 21ª rodada, destacando as diferenças de temperatura, clima e atmosfera no confronto da Arena Pantanal.
– Nós jogamos com uma equipe muito móvel, com muita variação tática, muita mobilidade. Existe o que às vezes nos traz vantagem lá em Belém, aqui traz as vantagens para eles, o tipo de clima. Lá é quente e úmido, aqui é quente e seco. Você vê, nosso time entregou e, em determinado momento, o time queria reagir, mas era difícil. É uma série de coisas, mas o que fica é a humildade de poder se entregar ao máximo, a resiliência de se entregar até a última gota e aí, se hoje não foi uma vitória bonita, mas foi uma vitória importante, da entrega, da humildade, da estratégia contra uma equipe que dificilmente perde aqui.
Além do enfrentamento com o adversário, o time azulino precisou superar as próprias dificuldades, segundo Guto. O comandante da equipe falou sobre o desgaste físico dos jogadores nesta reta final de Segundona. Inclusive, o Leão perdeu Pana Tachtsidis, autor do primeiro gol, ainda no primeiro tempo, se queixando de dores na coxa.
– Nós estamos num final de temporada, com jogadores extremamente desgastados, jogando no limite, e o tempo de recuperação não tão longo. Hoje, o clima, viagens longas, se eu pudesse estalar os dedos, botar todo mundo fisicamente na melhor condição, voando, e não tivesse desgaste em viagem, não tivesse desgaste na intensidade dos jogos que a gente apresenta, e com pouco tempo de trabalho, ajustando.
– Nós agora completamos um mês. um mês onde nós jogamos quantas partidas? Seis. Isso quer dizer que nós tivemos de semana cheia para trabalhar, duas? As outras praticamente nós recuperamos jogadores. Isso quer dizer que nós tivemos de treino mesmo, três ou quatro. E a melhora que é colocada de forma inegável, eu acho que é o grande elogio que a gente carrega, mas consciente que nós temos que melhorar muito. Mas quando não puder jogar o melhor, que a gente consiga jogar para vencer, como foi hoje.
A atual sequência de seis vitórias é a melhor entre os 20 clubes da Série B. Com este desempenho, Guto levou o time azulino da 12ª para a 2ª colocação, que pode ser perdida em caso de vitórias de Criciúma e Chapecoense ao final da rodada, mas que garante mais uma rodada de G-4 para o Remo. Porém, nada de mérito para ele, o comandante afirma que o mérito é todo do elenco.
– Desde o primeiro momento, a gente notou uma força muito grande, um querer muito grande. Lógico, um time maduro. Mesmo os jovens que tem, tem uma rodagem de camisa pesada. E as coisas começaram a dar certo, e aí, quando dá certo, as pessoas acreditam. Graças a Deus, nós não deixamos ainda de focar, nós não vacilamos e espero até o final seguir firme e forte nessa batida. Porque todo o mérito é deles, pelo que eles vêm entregando. E se tem seis vitórias, a responsabilidade toda é deles.
O Remo volta a campo no próximo dia 2 de novembro, domingo, quando encara a Chapecoense, no Baenão, pela 35ª rodada da Série B. O ge acompanha os lances em Tempo Real.
