Peixes são animais fascinantes e cheios de curiosidades, inclusive quando se trata de sua hidratação. A dúvida se peixe bebe água é comum, mas a resposta não é tão simples assim. Os peixes ósseos marinhos, como o atum, linguado ou bacalhau, têm a necessidade constante de ingerir água, enquanto os cartilaginosos (tubarão, raia e quimera) e os de água doce (tilápia, dourado ou betta) não possuem essa exigência.
A hidratação dos peixes é um aspecto essencial para o controle fisiológico e regulação hídrica dos indivíduos. O biólogo marinho e mergulhador Alex Ribeiro destaca a importância desse processo, ressaltando que mesmo estando imersos na água, os peixes absorvem água de formas diferentes. A osmorregulação é fundamental nesse contexto, garantindo o equilíbrio de sais minerais e o adequado funcionamento dos órgãos.
Para entender melhor como os peixes se hidratam, é preciso compreender o processo de osmose, que consiste no movimento da água de onde há maior concentração para onde há menor concentração, mantendo as células no tamanho ideal. Cada tipo de peixe tem suas particularidades de hidratação. Os peixes ósseos de água salgada, por exemplo, costumam beber água do mar naturalmente pela boca ou junto aos alimentos, enquanto eliminam o excesso de sal pelas brânquias e na urina.
Já os peixes cartilaginosos de água salgada possuem elevadas concentrações de ureia no sangue para os ajudar na osmorregulação, evitando a desidratação. Esses animais não bebem água ativamente, ingerindo-a apenas por meio dos alimentos. Os peixes de água doce, por sua vez, também não bebem água ativamente e mantêm sua hidratação através da osmose, que ocorre em todo o corpo.
Em ambientes controlados, como aquários, os peixes de água doce e salgada seguem o mesmo processo de troca de água para manter o equilíbrio interno. Portanto, peixes são verdadeiros mestres na arte da hidratação, adaptando-se de forma incrível às condições do ambiente aquático em que vivem. Essa capacidade de regulação e osmose torna esses animais ainda mais fascinantes e dignos de estudo e apreciação. Afinal, a vida aquática está repleta de mistérios que continuam a surpreender e encantar a todos.
