Sobrevivente de três diagnósticos oncológicos, o primeiro deles aos 14 anos, Daniela Martins, 48 anos, de Juiz de Fora, transforma sua história em ações concretas. Todos os anos, realiza doações de turbantes, acessório que marcou profundamente sua autoestima durante o tratamento.
No consultório, onde atua como psicanalista e terapeuta, também oferece mimos e pequenos gestos de afeto aos pacientes, reforçando que o cuidado vai além das palavras no Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama.
Daniela Martins é sobrevivente de três cânceres, sendo o primeiro deles um tumor raro e agressivo no fígado aos 14 anos. Após passar por tratamento nos Estados Unidos, enfrentou metástases pulmonares e seguiu lutando contra a doença. Mesmo nos momentos mais difíceis, nunca deixou de buscar uma vida o mais normal possível, retornando às aulas durante os ciclos de quimioterapia.
Os desafios não pararam na adolescência, com dois novos diagnósticos na vida adulta, ambos relacionados ao câncer de mama, um deles com metástase. Um diagnóstico genético confirmou a mutação PALB2, levando-a a decisões difíceis, como a mastectomia bilateral profilática e histerectomia total. A batalha contra a doença moldou sua trajetória e a impulsionou a uma nova missão de acolhimento e cuidado.
A experiência de enfrentar o câncer várias vezes a levou ao campo da psicanálise, onde encontrou uma forma de unir sua formação acadêmica em fisioterapia com a sensibilidade e empatia adquiridas através da própria vivência. Hoje, atende pacientes em Juiz de Fora, integrando suas diversas formações para proporcionar um cuidado abrangente e humano.
Para Daniela, o Outubro Rosa não se resume apenas à conscientização e prevenção do câncer de mama, mas também à importância do cuidado emocional e da escuta atenta. Sua história de superação e transformação inspira não apenas pacientes oncológicos, mas a todos que buscam uma visão mais compassiva e integrada da saúde.
A jornada de Daniela Martins é um exemplo de resiliência, amor e propósito. Enfrentando desafios desde a adolescência, ela se tornou não apenas uma sobrevivente, mas uma guia e acolhedora para aqueles que também passam pela dor do câncer. Seu trabalho como terapeuta vai muito além do consultório, refletindo um compromisso profundo com o bem-estar e a humanização do cuidado médico. O Diário do Estado orgulhosamente destaca o trabalho e a trajetória inspiradora de Daniela Martins, uma verdadeira luz de esperança e acolhimento para tantos.




