A megaoperação das polícias, realizada recentemente, teve como foco os complexos do Alemão e da Penha, que são considerados os principais quartéis-generais do Comando Vermelho (CV). Nestes locais, a cúpula da facção se reúne para tomar decisões estratégicas sobre disputas por territórios e o rumo da organização dentro e fora do estado. A ação tinha como objetivo prender 30 integrantes da facção, sendo que muitos deles são de outros estados e estariam escondidos nessas comunidades. A megaoperação foi recebida com intensa resistência dos criminosos, que chegaram a usar drones para lançar granadas contra as forças especiais.
Apesar de exercerem funções semelhantes, os complexos do Alemão e da Penha possuem “especializações” distintas, de acordo com as autoridades policiais. O Alemão seria responsável por concentrar maior poder financeiro, enquanto a Penha seria o centro das decisões estratégicas da facção. Na Penha, o principal nome é Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, que ocupa o segundo posto na hierarquia do CV. Já no Alemão, um dos principais líderes é Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, foragido há anos.
Durante a megaoperação, que mobilizou um grande contingente de policiais e promotores, houve confrontos intensos, resultando em vários mortos e feridos, incluindo policiais e suspeitos. Drones foram utilizados pelos criminosos para lançar granadas, marcando uma nova escalada no poder de fogo do crime organizado no Rio de Janeiro. A ação visava cumprir mandados de prisão contra membros do CV e combater a expansão territorial da facção.
A operação também revelou a presença de subgrupos do Comando Vermelho nos complexos, como a Equipe Sombra e a Equipe do Ódio. Além disso, foram apreendidos diversos fuzis e outras armas de fogo. A ação deixou um rastro de destruição nas comunidades, com barricadas em chamas e colunas de fumaça visíveis a quilômetros de distância. A operação contou com o fechamento de escolas e impactou a rotina dos moradores das regiões afetadas.
No total, 56 pessoas foram presas e 31 fuzis foram apreendidos durante a megaoperação, que teve como objetivo conter o avanço do CV nos complexos do Alemão e da Penha. As autoridades destacaram a importância da ação para combater o crime organizado e garantir a segurança da população. A operação revelou a complexidade e a violência da disputa pelo controle do tráfico de drogas e territórios no Rio de Janeiro, evidenciando a necessidade de medidas enérgicas por parte das forças de segurança.




