Mega operação policial resulta em confrontos letais com o Comando Vermelho no Rio de Janeiro: mais de 90 mortos e prisão de suspeitos

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Uma mega operação realizada pelas polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou na incursão de 2,5 mil policiais, com o objetivo de conter o avanço do Comando Vermelho (CV). Infelizmente, a ação se tornou a mais letal da história do estado, com um total de 94 mortos, incluindo quatros policiais, além de oito agentes feridos. A operação também resultou na prisão de 81 suspeitos e na apreensão de 75 fuzis, sendo um dos maiores confrontos entre as forças de segurança e uma facção criminosa.

Essa operação marca uma mudança no padrão de enfrentamento entre as forças de segurança do Rio e as facções criminosas. Traficantes utilizaram drones para lançar granadas contra equipes das forças especiais da Core e do Bope, demonstrando um cenário de guerra inédito. O governador Cláudio Castro declarou a necessidade de apoio federal, inclusive com possibilidade de acionamento das Forças Armadas, diante da gravidade da situação.

A ação tinha como alvo conter o avanço do Comando Vermelho nos complexos da Penha e do Alemão, identificados como bases do projeto de expansão territorial da facção criminosa. Foram emitidos 51 mandados de prisão e 67 pessoas foram denunciadas pelo crime de associação para o tráfico. Entre os presos está o operador financeiro de Edgard Alves de Andrade, conhecido como Doca, um dos principais chefes do CV na região.

Moradores das comunidades relataram intensos tiroteios, com barricadas sendo incendiadas e colunas de fumaça visíveis à distância. Unidades de saúde e educação foram impactadas, com a suspensão de aulas e atendimento em diversas unidades. Ações terroristas como o uso de drones para lançar explosivos e fugas estratégicas dos criminosos através de áreas de mata foram observadas durante a operação.

A presença de criminosos de diversos estados nas comunidades do Rio evidencia a complexidade da criminalidade organizada que opera no estado. A migração de bandidos para o Rio é um sistema de “ganha-ganha”: os criminosos de fora conquistam proteção e status, enquanto o CV amplia sua influência em territórios estratégicos para o tráfico de drogas e armas.

Em meio a esses confrontos, a população do Rio de Janeiro vive um cenário de violência e insegurança, com impactos diretos na rotina e na segurança de todos. A presença de organizações criminosas em constante expansão coloca em xeque a capacidade do Estado de lidar com uma situação que extrapola as fronteiras da segurança pública tradicional, exigindo uma ação conjunta e efetiva para conter o avanço do crime organizado.

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