Rotina na prisão: Robinho e Brennand negam privilégios e desmentem desinformação em vídeo do Conselho do Poder Judiciário

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VÍDEO: Robinho e Brennand falam sobre como é a rotina na prisão, negam ter
privilégios e criticam desinformação sobre Tremembé

Declarações estão em um vídeo divulgado por conselho ligado ao Poder Judiciário
em reação ao conteúdo de um livro sobre a rotina no presídio.

Robinho nega ter privilégios na prisão: ‘Quem manda são os guardas’

Presos na P2 de Tremembé, cadeia do interior de São Paulo conhecida por abrigar
condenados em casos de grande comoção social,
ex-jogador Robinho e o empresário Thiago Brennand falaram
sobre como é a rotina atrás das grades e negaram ter privilégios ou tratamento
diferente dos outros detentos.

> “Aqui o objetivo é reeducar, ressocializar aqueles que cometeram erro. Nunca
> tive nenhum tipo de liderança aqui, nenhum lugar. Aqui quem manda são os
> guardas, como falei para senhora, e nós, reeducandos, só obedecemos”, diz
> Robinho.

“Tremembé pra mim é ruim porque é longe de São Paulo, mas é o lugar que me foi
recomendado pelas atividades de ressocialização, pelo foco na reeducação”,
afirmou Thiago Brennand.

As declarações deles fazem parte de um vídeo divulgado nesta terça-feira (28)
pelo Conselho da Comunidade de Taubaté, uma entidade sem fins lucrativos, criada
por iniciativa da juíza Sueli Zeraik com objetivo de apoiar o Poder Judiciário,
em reação ao conteúdo do livro “Tremembé, o presídio dos famosos”, do jornalista
e escritor Ulisses Campbell.

O autor diz que o livro “nasceu de dois anos de investigação e escrita” e mostra
“como o choque de classes se materializa entre os muros. Presos pobres lavam
roupas, limpam celas, cozinham para os mais ricos em troca de pequenas quantias.
No topo da cadeia estão ex-juízes, empresários e políticos”.

Brennand também faz críticas ao afirmar que o livro “pinta imagem de um lugar
macabro, de uma coisa que não tem nada a ver” e que é um “desserviço, que não
consegue fazer bem a ninguém”.

O ex-jogador Robinho afirma que nunca teve problema com
outros presos na unidade.

“Todos são tratados da mesma forma, não sou tratado de forma diferente porque
fui jogador de futebol, pelo contrário. Acho que o tratamento é igual para todos
os reeducandos aqui. Nunca teve nenhum tipo de briga, tô aqui há um ano e meio
nunca vi nenhuma briga nem no futebol quando a gente tem algum joguinho ali”,
afirmou.

Procurado pelo DE, Ulisses Campbell defendeu o livro. Ele
disse que confirmou, sob sigilo, a rivalidade entre Robinho e Brennand no
presídio.

Ele também defendeu que há privilégios aos dois, citando uma suposta visita de
um pastor a Robinho e que Brennand é beneficiado com visitas íntimas as quais
não teria direito. “Talvez eles desconheçam o significado da palavra
privilégio”.

Sobre as declarações de Sueli Zeraik, ele afirmou que “não vou rebater porque
ela já deu claros sinais de que não é simpática ao meu trabalho”.

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